Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Por que não é rasgar dinheiro o Palmeiras comprar Artur, ex-Palmeiras?
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Para começar, deixo claro aqui que não acho absurdo o Palmeiras vender Artur ao Red Bull Bragantino, como fez em 2020, por 6 milhões de euros, e comprar o atacante de volta por pelo menos 33% a mais, agora, três anos depois. Clube que tem dinheiro pode se dar a esse luxo.
Mas que luxo é esse? O de quem vê um atleta seu, revelado na base, precisando se desenvolver para ser competitivo no próprio elenco, e resolve negociá-lo por ainda não saber se explodirá.
Depois, se o jogador evolui, por que não trazê-lo de volta, mesmo pagando mais? Se tiver boas condições econômicas, e o campeão brasileiro tem, não é algo condenável.
O Real Madrid fez isso com Casemiro, então o Palmeiras também pode fazer com Artur, desde que em patamares financeiros que se acomodem na realidade do futebol brasileiro, claro. Caso o jogador não evoluísse, teria sido um excelente negócio, mas trazê-lo de volta, mais maduro, deverá valer o investimento.
Mas nem todos pensam assim. E não são poucos os que se apresentam como extremamente críticos às gestões e às ações no mercado de diversos clubes do país. Não consigo imaginar a mesma tolerância se fosse o São Paulo, o Corinthians ou o Flamengo, hoje também com grana, recomprando um atleta feito em casa. Talvez dissessem que é dinheiro sendo rasgado.
Uma curiosa naturalidade. A mesma de quem pouco, ou nada, questiona contratações como as de Atuesta, Merentiel, Navarro, Flaco Lopez, Jailson... Quanta boa vontade, senhoras e senhores!
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