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Título histórico do Fluminense premia Fernando Diniz. Controverso, corajoso
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Desde a virada do século que o futebol brasileiro mergulhou na pobreza tática, da mediocridade em campo. Times que jogam para não perder. Técnicos que atuam pensando no erro do adversário. Elencos qualificados tecnicamente que rejeitam a bola.
Dava certo. Em meio a tantos jogando assim, naturalmente o vencedor, o campeão, costumava ser uma das equipes dispostas a apresentar esse tipo de comportamento, de estratégia. Ter a posse da pelota era algo indesejável, por incrível que pareça.
Quando Fernando Diniz surgiu no cenário dos treinadores, com o Audax, vice-campeão paulista, o que se viu foi algo diferente. Não inovador, mas diferente. Alguém com coragem para jogar trocando passes mesmo sem os melhores atletas.
Essa proposta chamou a atenção, tamanha a quantidade de times entrando em campo para se defender ferozmente e esperando vencer (ou empatar mesmo) num contragolpe. Ou na jogadinha ensaiada da bola parada. Era essa a tônica que imperava.
Diniz pagou, e paga, caro por isso. Vai de besta a bestial em minutos. Errou e acertou, se destacou e fracassou, mas precisava de um título minimamente representativo para abrir um caminho mais consistente. Seguro. Ele veio.
O campeonato estadual passa longe de ser o mais importante da temporada. Mas uma virada de quatro em cima do caro time do Flamengo, campeão da Libertadores, dá um brilho especial na conquista. Agora vêm os exageros, os elogios além da conta. Até pelos oportunistas de plantão.
Diniz vai seguir errando e acertando, evidentemente. O desafio é acertar mais do que errar, melhorando, como vem fazendo, o desempenho defensivo e o aproveitamento das chances criadas. A estrada a percorrer ainda é longa, mas neste domingo ele deu uma bela acelerada.
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