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Corinthians paga caro por não seguir os conselhos de Vitor Pereira
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Vitor Pereira transformou-se no inimigo corintiano número 1 quando aceitou o convite do Flamengo semanas depois de seu adeus ao Corinthians ser anunciado oficialmente. Algo nunca visto antes começou ali.
Torcedores, jogadores, jornalistas, setoristas, radialistas, praticamente todos os que têm alguma conexão com o clube passaram a detestar o português. E a torcer fervorosamente contra ele, como se observou.
Mas enquanto secavam VP e vibravam com cada troféu que deixava de ganhar pelo clube carioca, o time alvinegro não andava. Dos sete últimos jogos do campeonato paulista, apenas dois a equipe venceu.
Derrota para o São Bernardo, empates com Palmeiras, Santos e Portuguesa(!), vitórias em casa sobre Mirassol e Santo André, e eliminação para o Ituano nos pênaltis, também atuando em Itaquera. Ruim, não?
Nas quatro partidas mais recentes, o Corinthians alternou vitórias sobre Liverpool de Montevidéu e Cruzeiro com derrotas ante Remo e Argentinos Juniors. Fica claro que o desempenho ruim vem de longe.
Agora tudo aponta para Fernando Lázaro, analista de desempenho e auxiliar que a diretoria transformou em técnico precocemente. Um jovem sem casca para comandar um elenco repleto de cobras criadas.
Enquanto tantos torciam contra Vitor Pereira, ficava, obviamente, para trás, a ideia dele para seguir no clube em 2023. O treinador queria remodelar o elenco dispensando veteranos e trazendo novos atletas.
Sim, a ideia poderia ser boa, e vai ficando claro que era esse mesmo o melhor caminho, mas o Corinthians não tem estrutura financeira para tamanha movimentação. Foi por isso que os irmãos se separaram.
Mas teria sido melhor se a diretoria pelo menos tentasse seguir o plano do português. Na medida do possível. Jogadores rodados passaram a criticar VP depois de sua ida para o Flamengo. Mas em campo...
Quem quer que treine o elenco corintiano no decorrer de 2023 pode até não falar publicamente, mas provavelmente, no íntimo, estará concordando com Vitor Pereira. E talvez faça o mesmo pedido aos dirigentes.
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