'Tem que ser conversado', diz Landim sobre mais 1 ano na presidência do Fla
O mandato de Rodolfo Landim na presidência do Flamengo termina em dezembro do ano que vem. Em consequência, os próximos meses serão de especulações, articulações, acordos e coalizões políticas.
Os rubro-negros costumavam ter três, quatro candidatos a presidente nos tempos de vacas magras. Nada mais natural do que uma batalha intensa com o clube saudável e faturando em torno de R$ 1,2 bilhão por ano.
Rumores de que Landim vai apoiar A ou B para sua sucessão surgem com frequência. Mas afinal, quem estará ao lado do atual mandatário? E sobre a proposta de ampliação do seu atual mandato para quatro anos, sendo estendido até 2025?
O blog fez, por WhatsApp, perguntas a Rodolfo Landim. Elas estão abaixo, com as respectivas respostas.
O senhor já definiu quem irá apoiar na eleição para presidente do Flamengo no final de 2024?
Rodolfo Landim: Esse é um assunto para ser pensado a partir de meados do ano que vem.
Pretende seguir em algum cargo na gestão do clube ao deixar a presidência?
Rodolfo Landim: De novo, só vou pensar em concorrer ou não para algum cargo no ano que vem e se vivo estiver.
A possibilidade de extensão de seu mandato ainda existe?
Rodolfo Landim: A proposta que discutiram comigo é a de estender o mandato de três para quatro anos, mas sem possibilidade de reeleição. O motivo de eu não querer me posicionar naquela época se deveu ao fato de que a mudança, se aprovada, afetará todos os demais poderes do clube, a saber: Conselho de Administração, Conselho Deliberativo, Assembleia Geral e Conselho Fiscal.
De que maneira?
Rodolfo Landim: Pelo menos nos casos do Conselho de Administração e Assembleia Geral, os presidentes e vice-presidentes perderiam a oportunidade de se candidatarem à reeleição. Todos foram eleitos pelo mesmo "grupo político". Não me sentiria confortável de falar sobre o assunto, apresentando meu ponto de vista pessoal, sem saber como eles veriam a implicação dessa mudança nos objetivos deles. Hoje, já sei que pelo menos o presidente do Conselho de Administração (Luiz Eduardo Baptista, o BAP) pensa em ser candidato a presidente, me disse isso pessoalmente, mas disse que ainda não resolveu. Tem mais gente pensando nessa possibilidade e acho até que essa ideia de mudar para quatro quatro anos sem reeleição que os líderes dos grupos querem propor é para tentar acomodar essa vontade dos dois que já se colocaram como interessados, sem dividir o grupo.
O senhor acha válida a ampliação?
Rodolfo Landim: Quanto a ser válido a partir da aprovação e a ampliar o meu mandato e de todos os demais poderes, de novo, tem que ser conversado com todos os demais presidentes de poder. Somos um grupo, não estou nisso sozinho e não quero definir nada até porque a decisão, se tomada, seria do Conselho Deliberativo. O que eu poderia fazer é renunciar ao fim dos três anos e deixar o Dunshee (Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente geral e jurídico) assumir, algo que eu a rigor posso fazer a qualquer momento. Lembrando aqui, só assumi um compromisso com os eleitores de ficar mais três anos e costumo cumprir minhas promessas. Além disso, teria que mudar muitas coisas no plano da minha vida familiar e profissional, mas sinceramente está completamente fora dos meus planos de vida.
Mas o senhor mudou de ideia ao se candidatar à reeleição no último pleito, certo?
Rodolfo Landim: É verdade que eu não pretendia me reeleger, mas acabei aceitando concorrer à reeleição por não haver no grupo um nome de consenso e de apoio de todos. Esta será mais uma tarefa a me dedicar no próximo ano. Por enquanto, foco na gestão do clube que já tem muitos problemas para resolver.
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