Mauro Cezar Pereira

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Facilidade dos 2 a 0 no Grêmio mostra como esse Flamengo desperdiça futebol

Gabriel Grando defendeu um pênalti de Gabigol no primeiro tempo, quando o Flamengo já vencia por 1 a 0. Pedro, que entrou aos 32 minutos do segundo, desperdiçou chance que normalmente não perde. Foi muito mais fácil para os rubro-negros do que se imaginava.

Não foi 5 a 0, como na semifinal da Libertadores de 2019, no Maracanã. Mas é esse o placar agregado dos jogos entre o campeão sul-americano e o Grêmio em 2023: 3 a 0 no Rio de Janeiro e os 2 a 0 da noite desta quarta-feira na Arena tricolor, em Porto Alegre.

A diferença entre os dois times carrega o fato de os gremistas estarem de volta à primeira divisão do campeonato brasileiro, após encarar a Série B em 2022. Mas a expectativa era de que, em casa, o time de Renato Portaluppi conseguisse competir. Não competiu.

O próprio técnico admitiu que não havia do que reclamar da arbitragem. Direto, não mordeu a isca, mesmo depois de um repórter levantar a bola na entrevista coletiva para que cornetasse Raphael Claus.

O treinador não só elogiou o apitador, como disse que viu lance no vestiário que o fez deixar de lado até o pedido de mais um cartão para Wesley. Renato falava como quem já jogou a tolha na Copa do Brasil.

O Grêmio é o vice-líder do campeonato brasileiro. E não viu a bola contra o Flamengo que compete, um time muito, mas muito diferente daquele que empatou com o América, então lanterna da Série A.

Passa da hora de os jogadores entrarem em campo nos jogos da competição em pontos corridos com espírito pelo menos próximo daquilo que foi visto na cancha gremista. O potencial desse elenco tem sido muitas vezes desperdiçado, especialmente no Brasileirão.

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