Desde a Itália, Pedro só não foi reserva quando Bruno Henrique se machucou
Em 3 de novembro de 2019, Pedro estreou na Fiorentina no empate com o Parma (1 a 1). Entrou a cinco minutos do fim em substituição a Kevin Boateng. Após 27 dias, na derrota (0 a 1) em casa para o Lecce, ocupou o lugar do croata Milan Badelj a 18 minutos do fim daquela partida.
Em 8 de dezembro, foi a Turim, e o time Viola perdeu novamente (2 a 1) para o Torino. O centroavante brasileiro substituiu Dusan Vlahovic aos 33 do segundo tempo. Na derrota (1 a 4) para a Roma, em Florença, no dia 2 de dezembro, atuou por 24 minutos ao entrar na vaga de Kevin Boateng.
Quatro jogos, míseros 59 minutos em campo e nenhum gol. Pedro chegou à Itália aos 22 anos e não teve muitas oportunidades com o técnico Vincenzo Montella. Foi "salvo" pelo Flamengo, que foi buscá-lo, por empréstimo no início de 2020.
Em 3 de fevereiro, Pedro estreou com a camisa rubro-negra, contra o Resende, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Jorge Jesus ainda era o técnico rubro-negro e a dupla Gabigol-Bruno Henrique já se consagrara nos títulos da Libertadores e do Brasileirão, com excelente desempenho. Ídolos!
Pedro chegou ao Flamengo sabendo que a concorrência seria pesada. Com todos à disposição, jamais conseguiu se firmar como titular com outros seis técnicos: Domènec Torrent, Rogério Ceni, Renato Portaluppi, Paulo Sousa, Dorival Júnior e Jorge Sampaoli. Nos tempos de Vítor Pereira, Bruno Henrique esteve fora de combate, e Pedro atuou em 15 dos 18 cotejos que tiveram o comando do português.
Em 2022, quando jogou seguidas vezes sob a batuta do atual treinador do São Paulo, Pedro formou dupla com Gabriel Barbosa. Contudo, Bruno Henrique estava lesionado. Com a volta do camisa 27, a concorrência aumentou para ele e todos os demais. Everton Cebolinha, por exemplo, também perdeu espaço a partir de então.
Qualidade não falta a Pedro, jogador de seleção, atacante de Copa do Mundo, goleador de muitos recursos. Disputar a posição será algo inerente à sua carreira no Flamengo ou em qualquer clube com elenco forte. Ou na Europa, como nos tempos de Fiorentina, que vivia má fase, mas nem assim ele se firmou como titular.
Existem lições que o ótimo centroavante pode tirar do lamentável episódio do fim de semana. Cabe a Pedro lutar por oportunidades, se aquecendo e jogando futebol. Seja lá em que clube for.
Reportagem
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