No Fla, a relação fria Sampaoli X parte do elenco: jogadores querem o quê?
O elenco do Flamengo se divide entre jogadores que não gostam da convivência com o técnico Jorge Sampaoli e os que não têm a mesma (ou tanta) dificuldade. Muitos não o admiram como pessoa, outros nem como treinador. Motivo principal: pouco diálogo no dia-a-dia.
Antes da apertada vitória sobre o Olimpia, houve quem dissesse no Centro de Treinamentos que alguns se empenhariam por serem profissionais, apesar de uma relação deteriorada. Fecha com o argentino quem joga, mas no âmbito pessoal falta identificação com diversos, há um distanciamentio.
E a questão não se limita a Pedro. Varela, Rodrigo Caio e Pablo, por exemplo, foram colocados de lado sem qualquer satisfação. Obviamente há quem se doa por eles e a relação, antes muito difícil, ultimamente piorou no trato com parte do grupo de atletas.
Mas também há quem não tenha do que reclamar, especialmente entre os que entram mais em campo. O abraço de Bruno Henrique em Sampaoli após o gol da vitória sobre o Olimpia reforça a tese. O herói da noite de quinta-feira é titular sempre que possível com o treinador.
No aspecto tático, estratégico, alguns entendem ele tem excelentes ideias com bola, mas sem ela, nem tanto. E não se sabe qual o impacto da saída do preparador físico Pablo Fernández, por agredir Pedro, afinal, era um velho parceiro de Sampaoli.
Mas qual perfil de treinadores os insatisfeitos com o argentino preferem? Rogério Ceni tinha ótimo entendimento com a maioria, mas ninguém o defendeu quando demitido na madrugada, tampouco se viu grande apoio a Dorival Júnior, de estilo oposto ao do atual técnico, quando não teve o contrato renovado. Só silêncio.
Se a diretoria escolheu Jorge Sampaoli ciente de que é esse o estilo que agora deseja, após experiências com treinadores mais políticos, mais amigos, mais paternalistas, terá que seguir em frente. Caso contrário, nenhuma reformulação deixará de fazer do Flamengo um refém de parte seu elenco.
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