Nem Dorival, nem Jesus; só uma pessoa pode resolver o problema do Flamengo
O Flamengo, que fatura mais de R$ 1,2 bilhão em um ano, coleciona títulos e vexames. Nos momentos de baixa, após derrotas, automaticamente torcedores lembram quem venceu, como se a solução definitiva passasse por aqueles pessoas.
Na verdade, os problemas rubro-negros jamais serão solucionados por profissionais que pelo clube passaram, mesmo tendo deixado troféus. Casos de Jorge Jesus e Dorival Júnior. A chave do sucesso fica com alguém que não sabe como utilizá-la.
Essa pessoa atende pelo nome de Rodolfo Landim. Até o final do ano que vem, nas mãos dele estarão os rumos do clube e, consequentemente, o poder necessário para tirar o Flamengo desse eterno looping marcado por tentativa e erro.
O departamento de futebol rubro-negro é encabeçado por um dirigente amador. Mas o problema maior não é Marcos Braz ocupar a vice-presidência de futebol, e sim o fato de não haver gente qualificada ao redor, para tomadas de decisões vitais, que ficam com ele. Afastar o cartola estatutário de nada adiantaria se outro parecido ocupasse o lugar.
O Flamengo tem um diretor executivo de futebol, Bruno Spindel, homem das negociações, contratos, acertos de viés burocrático, inclusive. Não é o profissional com visão 100% técnica e de gestão que pode tomar decisões importantes do dia a dia.
E essas definições não são especificamente as que envolvem chegada de jogadores, mas também dispensas. Ainda a administração de egos e, principalmente, experiência e malícia para conter crises no nascedouro. Um gestor do futebol no sentido amplo da função.
Mas quem é esse profissional tão competente? No mercado brasileiro não é fácil identificá-lo. Talvez seja impossível. Os nomes que rodam o mercado trocando de clube não têm essa capacidade, o Flamengo precisa de alguém muito bom. Ótimo, excelente, o melhor.
Esse cidadão deve estar fora do Brasil. Mas quem vai ao exterior buscar técnicos pode fazer o mesmo na procura por um verdadeiro chefe do futebol profissional. Se acharem esse cara, podem até manter o Marcos Braz na vice-presidência, não faria diferença. Desde que o executivo de futebol tenha poderes.
Se o clube contasse com esse diretor imaginário, antes de contratar Jorge Sampaoli, seus prós e contras e forte personalidade seriam avaliados. E confrontados com o perfil do elenco, que muito provavelmente seria formado de outra maneira passando pelas mãos do sonhado dirigente.
A torcida pode pedir a renúncia de Landim, mas ela é quase impossível. Pode exigir a saída de Braz, dificílima nesse cenário político atual. Então a solução seria a chegada desse gestor. E quem pode fazer isso de maneira clara e convincente? O presidente do clube.
Nisso tudo, a dúvida que fica no ar é: ele o fará? E ainda: tem capacidade para tal? Ora, recorrendo às pessoas certas, o mandatário teria auxílio e chegaria a esse nome. Contratado, o sujeito reformularia toda a estrutura do departamento de futebol.
A partir de agora, para o clube começar 2024 forte e sem jogadores cheios de poder. Quem não se adaptasse ao regime mais profissional seguiria para algum lugar onde exista alguém disposto a contar com tais atletas. Ninguém teria rótulo de inegociável. Boas propostas seriam bem-vindas.
No departamento, incapazes e gente pendurada em seus empregos sem se justificar seriam substituídos. Uma nova mentalidade, um filtro forte contra acomodados e profissionais ruins de trabalho e bons de relacionamento com o poder.
Esse seria o Flamengo de futebol forte e estruturado. Que teria repulsa ante as possibilidades de perder para o Al-Hilal, não vencer o Del Valle, tomar virada do Aucas, levar 4 a 1 do Fluminense na final carioca, empatar com Ñublense e América, ser goleado por Red Bull Bragantino e Cuiabá. Esse Flamengo não encararia fria e naturalmente a eliminação para o Olimpia.
Seria o Flamengo que Landim prometeu à torcida quando resolveu se candidatar à presidência.
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