Mauro Cezar Pereira

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São Paulo engrossa lista dos times que exploraram a bagunça do Fla em 2023

O título do São Paulo é merecido, jogou melhor nas partidas finais, mesmo sendo inferior na maior parte do tempo no Morumbi. Ao se impor no primeiro tempo do jogo de ida, no Maracanã, abriu a vantagem que pesou e não precisou jogar tão bem como em outras ocasiões para erguer o inédito troféu da Copa do Brasil.

Depois de Al-Hilal, Palmeiras, Independiente Del Valle, Fluminense e Olimpia, foi a vez do tricolor paulista aproveitar a bagunça que caracteriza o Flamengo em 2023. Com jogadores melhores, elenco muito mais incorporado, mas envolvido em crises intermináveis que se emendam umas nas outras, os rubro-negros falharam.

Falharam de novo, com o risco de novo fracasso se nem vaga na próxima Libertadores assegurarem. Hoje o time está em sétimo no campeonato brasileiro, posição que não assegura presença no certame internacional em 2024. E pelo momento não será surpresa caso não consiga reagir para subir um pouco na tabela.

No Morumbi o Flamengo competiu, foi superior ao São Paulo na maior parte do tempo, desta vez corretamente escalado pelo confuso Jorge Sampaoli. A estratégia funcionava quando abriu o placar no final da etapa inicial, mas a desatenção típica de um time muitas vezes preguiçoso custou caro, bem caro.

Gerson tinha a bola na entrada da área adversária. Não chutou para o gol, não passou para um companheiro, nada fez. Perdeu a posse e os são-paulinos conectaram rapidamente Wellington Rato no lado direito de seu ataque. Falta, tola, de Ayrton Lucas e na cobrança o golaço de Nestor após Rossi socar a pelota.

O camisa 11 do São Paulo finalizou com absoluta liberdade. Um dos jogadores que poderiam, ou deveriam tirar seu espaço era Gerson, parado no interior da área. Desatento, desconcentrado, como em tantas e tantas vezes. Jogador de muitos recursos que, em momentos assim, retrata esse Flamengo sem cobrança.

Sorte dos tricolores, que mesmo com um time tecnicamente bem inferior, souberam explorar os erros do oponente para ficar com a taça. Erros que se estenderam até as trapalhadas de um zagueiro supervalorizado que é Fabrício Bruno.

Dorival Júnior dificilmente sobreviveria no cargo se continuasse no Flamengo em 2023, provavelmente sucumbiria em meio a tanta desorganização e desmandos. E ganha a Copa do Brasil pelo segundo ano seguido ao repetir com sucesso a estratégia da prioridade ao mata-mata. De parabéns.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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