O que é pior, a polícia do Rio de Janeiro ou a seleção de Fernando Diniz?
O confronto entre torcedores brasileiros e argentinos já havia começado há alguns minutos quando os "stewards" (seguranças particulares) do Maracanã apareceram. Em seguida surgiram os homens do Bepe, pomposa sigla para designar o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios.
Não, você não leu errado. É o Batalhão ESPECIALIZADO em Policiamento em Estádios da Polícia Militar do Rio de Janeiro. O mesmo da confusão na torcida visitante em Fluminense x Argentinos Juniors, há pouco mais de três meses.
Ao invés de conter os brigões, os "especializados" baixaram o cassetete fartamente. Mais uma vez na torcida adversária do mandante. A correria derivada da desmedida reação policial levou medo, perigo, tensão a muitos outros torcedores. Brasileiros e argentinos que não tinham nada com a briga. E havia crianças ali.
Uma inequívoca exibição de truculência e despreparo. Incapazes de conter os que desejavam lutar e arremessavam pedaços de cadeiras do estádio, bateram e pioraram a situação. Desta vez com transmissão ao vivo e repercussão internacional.
Tudo isso três semanas depois de turistas argentinos que vieram ao Brasil apoiar o Boca Juniors serem agredidos e assaltados na praia. Mas é bom por um lado. Estrangeiros que quiserem fazer turismo no Rio já chegarão à Cidade Maravilhosa cientes de que assim age quem deveria dar segurança ao cidadão. E o torcedor é cidadão.
Será que a PM vai incrementar o fluxo turístico carioca depois de tão eloquente exibição? Uma ação violenta e tão negativa que parecia impossível mais alguma coisa tão ruim acontecer em curto intervalo de tempo. Mas eis que a seleção brasileira foi a campo disposta a fazer um atuação tão pífia quanto a da turma do Bepe-PMRJ.
O time de Fernando Diniz é um arremedo. Confuso quando sai a escalação, mais uma vez com apenas dois meio-campistas. E ainda pior depois das substituições do treinador. Uma espécie de Frankstein futebolístico. São três derrotas seguidas após um empate em casa com a Venezuela. E três gols de cabeça sofridos nos dois últimos cotejos.
Hoje a seleção brasileira é apenas sexta colocada nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Mas ainda pode piorar. Cabe ao técnico encontrar soluções, mas sem teimosia, né? Mais ninguém poderá mudar isso além dele. Nem a PM.
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