Dinizismo deverá ser pragmático para o Flu ter chances na provável final
O Mundial de Clubes da Fifa é um torneio secundário para os times mais fortes do mundo. Europeus, uns mais, outros menos, não lhe dão tanta importância porque o desafio técnico é cada vez menor. Comemoram quando vencem porque se comemora quando se vence. Mas não é o ápice da temporada, longe disso.
Mesmo assim, representantes sul-americanos nem sempre aproveitam a rara oportunidade de desafiar o campeão da Europa. Desde 2010, Internacional, Atlético Mineiro, Atlético Nacional de Medellin, River Plate, Palmeiras e Flamengo não chegaram à decisão. Fiascos.
Ou seja, nas 13 edições anteriores à atual, o campeão da Libertadores ficou pelo caminho em seis, quase a metade. Isso resume a relevância da vitória do Fluminense sobre o Al Ahly. Mas não significa que a equipe brasileira jogou bem. Longe disso.
Sim, há o aspecto emocional etc. Mas o bem treinado time egípcio só não teve melhor sorte porque individualmente seus jogadores foram pífios no desfecho das jogadas. Perderam chances claras, especialmente no primeiro tempo, com o contra-ataque oferecido generosamente pelos tricolores.
O time carioca melhorou após o intervalo, mas ainda assim concedeu oportunidades cristalinas à equipe do Cairo. Abriu o placar num pênalti mal marcado e fechou a conta quando o adversário se mandara ao ataque desesperadamente.
Não foi uma boa atuação tricolor. O resultado foi muito, mas muito melhor do que o desempenho. E essa é uma análise é específica sobre Fluminense 2 x 0 Al Ahly, não tem relação alguma com fracassos anteriores de outros sul-americanos. O Flamengo 2023, por exemplo, não é parâmetro de nada. Esqueça.
O adversário finalizou 20 vezes. Treze só no primeiro tempo e Fábio trabalhou muito e bem. O time de Fernando Diniz venceu, mas a atuação foi aquém. E em qualquer análise séria, quem tem tal opinião deve deixar claro o que pensa, sinceramente. É o que estás lendo.
Mas nesse torneio muitos agem como se a tarefa do dia fosse torcer pelo time brazuca. Torcer e distorcer para vender agenda positiva e ficar bem com aquela torcida do time que está no certame. Mas se o representante europeu for à final, obviamente o Fluminense terá que atuar de outra maneira.
Terá de atuar muito melhor. E não se ignora as chances perdidas pelos representante africano. Se na sexta-feira o Manchester City estiver do outro lado do campo, isso não poderá acontecer. Para competir, o Dinizismo terá de mostrar sua face pragmática. E com inédita eficiência em tais circunstâncias.
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