Morte de PC Siqueira reforça alerta: basta de haters, inclusive no futebol
Na internet você corre o risco de ser ofendido de graça, sem mais, nem menos. Sem entender o por quê. Nas redes sociais, se você escreve A, eles entendem B. Não leem, ou não conseguem interpretar. Há até mesmo quem se recuse a entender.
Então vamos publicar um vídeo. Adianta? Nem sempre. Os caras não o assistem por inteiro. Claramente não entendem. Outros distorcem deliberadamente. Em comum, todos nessas horas atacam, agridem, são haters, ou seja, odiadores natos.
Nas redes se aproveitam de uma suposta impunidade, que várias vezes se concretiza, fato. Jornalistas esportivos são alvo constante. Rotulam pelo fato de você ter um time do qual não gostam, mas nunca justificam o que dizem, apenas criam suas falsas verdades.
Para eles não importa se o jornalista critica duramente seu próprio time quando pertinente. Afinal, eles não entendem, não conseguem, não desejam compreender, o objetivo é sempre outro, usar para o mal as ferramentas maravilhosas que a web oferece.
No meu caso, é rotineiro. Como já disse o companheiro André Rocha, por ser Flamengo e o clube ter se estruturado nos últimos anos, quem praticamente só me via criticando o time (que odeiam), tentam me rotular porque não admitem que o elogie.
Mesmo quando merece, mesmo quando critico duramente, como venho fazendo quase diariamente ao longo deste ano que está acabando. Por que o hater é assim, detesta e é detestável, não quer ser razoável, justo, coerente.
Onde já se viu um ser pequeno, indigno, sujo, covarde, invejoso, frustrado, fracassado e vil ter o mínimo de honestidade? O hater só quer odiar, fazer o que se espera de quem vive infeliz, insatisfeito e revoltado com o sucesso, com a felicidade de outros.
Encontrado morto nesta quarta-feira, o youtuber PC Siqueira, ao que tudo indica, pode ter sido mais uma vítima dessa violência virtual. Nem todos estão prontos para enfrenta-las, não é uma guerra simples.
Conheço colegas que se afastaram de redes sociais para evitar esses elementos. Outros claramente não falam ou escrevem o que pensam temendo perseguições. E não é mesmo fácil, pelo volume, pela injustiça, pela covardia.
Até ações organizadas com hastag já foram armadas contra mim e outos jornalistas. Sim, já teve quem fosse surpreendido tendo que se explicar na delegacia ou sendo acionado pelo Ministério Público. Mas a maioria escapa. Estamos longe do ideal.
O tempo traz experiência e aprendizado. Hoje consigo lidar melhor com isso. Eles não me atingem há muito tempo. Block funciona como antídoto, ninguém é obrigado a estabelecer qualquer tipo de diálogo com quem apenas ofende, ataca, ameaça.
Filtros e critérios para aprovar, ou não, comentários nas postagens e vídeos tornam canal no YouTube e redes sociais bem menos vulneráveis a presença dos biltres. Mas não é o bastante.
Afinal, e quem não consegue lidar com isso? Como ficam os que sofrem, profundamente até, com ataques sórdidos, abjetos e cancelamentos orquestrados pelos quem agem como verdadeiros vermes virtuais.
Passa da hora de uma maior atenção ao problema. A internet não é terra de ninguém, mas necessita de uma regulamentação. Chega!
7 comentários
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Paulo Afonso dos Santos Junior
Mauro parabéns pelo texto. Sou fã de esportes e acompanho vários blogs e podcasts, inclusive o Posse de Bola e realmente a vida de comentarista esportivo não está fácil. Aproveito para parabenizar o excelente programa que vc e seus parceiros fazem. Excelente 2024!!!!!
Jo o Batista Freire da Silva
As redes sociais não podem continuar sendo território livre do crime. É cansativo e revoltante ler diariamente ofensas contra você, Milly Lacombe ou Juca Kfouri. Regulamentação já.
Francisco Jose Oliveira
Escrveu o passador de pano, aos inimigos a lei, aos amigos a hipocrisia