Mauro Cezar Pereira

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Brasil com um pé fora do torneio de futebol olímpico masculino. Que bom!

A seleção brasileira pré-olímpica perdeu para o Paraguai por 1 a 0 na segunda-feira e cresceu significativamente a possibilidade de ser eliminada dos Jogos de Paris. Nada mau. Isso mesmo, nada mau. Por linhas tortas, o técnico Ramon Menezes pode prestar um útil serviço ao futebol praticado no Brasil.

Seria ótimo a CBF não mandar um time de futebol masculino para as Olimpíadas. Assim preservaria os clubes, sempre ameaçados de desfalques, e no caso por conta de um torneio de terceira categoria.

O futebol disputado por homens é quase irrelevante na maior competição do esporte mundial. As seleções são formadas por jogadores secundários, e a repercussão é muito pequena já faz tempo.

E assim é porque não existe desafio técnico. Os países mais fortes, competitivos na modalidade, não costumam enviar times compatíveis com o próprio potencial. É quase como cumprir uma obrigação.

Devido ao fraco trabalho do treinador, o Brasil pode se livrar dessa tarefa conveniente para a CBF, mas que atrapalha os clubes. E como atrapalha, ainda mais em ano de Copa América.

Embora não sejam obrigados a liberar seus atletas para o certame, as agremiações ficam em delicada situação. Por que os atletas querem porque querem ir para os Jogos Olímpicos.

Só que seus salários, além da formação em profissionais do futebol, vêm dos clubes, que bancam investem e precisam deles. Que usualmente insistem, até forçam a barra para serem liberados.

O Palmeiras perdeu a Supercopa domingo sem Endrick, por exemplo, já que seu jovem talento estava na equipe pré-olímpica. E acabou desperdiçando um pênalti quando o placar era de 0 a 0, por sinal.

Não é justo. Quando o Flamengo se recusou a liberar Pedro antes dos jogos de Tóquio, houve claro constrangimento. E outros ficam em situação semelhante. Sem a vaga, tudo se resolve.

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Até porque a alegação de que o Brasil não tinha a medalha de ouro olímpica do futebol masculino já não existe mais desde 2016. Naquele ano foi campeão do torneio no Rio de Janeiro.

Para isso, empatou com a África do Sul, com o Iraque, venceu a Dinamarca, a Colômbia e Honduras. Além de uma equipe C/D da Alemanha na final. Mesmo assim nos pênaltis. E foi bi há menos de três anos Já deu, né?

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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