Casos Robinho e Daniel Alves precisam ser educativos para futuros jogadores
Daniel Alves é um homem condenado. Por estupro. Provavelmente responderá em liberdade, desembolsando aproximadamente 1 milhão de euros, tirando proveito de uma brecha da justiça espanhola. Mas seguirá sendo um homem condenado por estupro. Está encarcerado há 427 dias.
Robinho ainda vive suas primeiras 24 horas como cidadão desprovido de sua liberdade. Pelo mesmo crime, depois de uma importantíssima decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão na Justiça da Itália pelo delito que aconteceu em 2013.
Sujeitos ricos, famosos, muito bem-sucedidos jogadores de futebol, que, em geral, são bajulados por parças. O que os levou a cometerem tal atrocidade? Provavelmente um misto de empoderamento com a sensação de impunidade que costuma(va) imperar em nossa sociedade.
A rápida ascensão financeiro-social de atletas que viram estrelas os joga rapidamente num universo novo que os faz pensar serem seres que podem tudo. Não podem, obviamente. E os casos de Daniel Alves e Robinho sinalizam uma mudança mais do que relevante, histórica.
As punições na Espanha e Itália, essa estendida ao Brasil, fazem com que neste momento os dois estejam atrás das grades. Sentenças que os reposicionam na esfera dos seres humanos, não dos astros intocáveis. Como serão os futuros jogadores famosos e paparicados, todos com uma lição a aprender.
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