Como o Corinthians bate o seu recorde de faturamento e continua na penúria
O Corinthians bateu em 2023 seu recorde de faturamento, superando R$ 1 bilhão. Antes, só o Flamengo superou a casa bilionária. Mas não basta. O cenário é assustador, ainda, com dívidas imensas, inclusive de curto prazo, aquelas que precisam ser quitadas em meses. Como entender isso? Um texto pode ajudar.
O título do artigo é: "12 anos e dívida 4 vezes maior: o tamanho das dificuldades do Corinthians". O autor, Cesar Grafietti, maior especialista em análise das finanças dos clubes de futebol do Brasil. É algo que simplesmente todos os corintianos devem ler.
Os que torcem por outros clubes também. Para tentar entender como um clube tão poderoso sai de uma situação confortável para se enfiar em tamanho buraco nas finanças. Neste link você pode acessar.
Um trecho chama a atenção: as receitas crescem, mas estão sendo gastas, e sobra menos dinheiro para cumprir com pagamento de despesas financeiras, investimentos e pagamento das dívidas.
Grafietti acrescenta que "entre 2013 e 2023 o clube gastou 13,9% das receitas com pagamentos de despesas financeiras e impostos renegociados, e nos últimos quatro anos a média é de 15,8%".
Ele explica, ainda, "que à medida em que a dívida com parcelamentos cresce - saiu de R$ 211 milhões em 2019 para R$ 511 milhões em 2023 -, cresce também a parcela de curto prazo. Esta saiu de R$ 9,6 milhões para R$ 67,3 milhões".
E a conclusão: "Ao mesmo tempo em que Palmeiras e Flamengo faziam a lição de casa, o Corinthians optou pelo caminho oposto, especialmente quando percebeu que os rivais tinham andado algumas casas no tabuleiro, e ele permanecia no mesmo lugar".
O remédio? Cesar Grafietti receita: "É necessário um processo duro de renegociação dos passivos, busca por parceiros financeiros que auxiliem na redução das dívidas, eventualmente uma recuperação judicial e, necessariamente, uma gestão profissional e focada em corte de custos e reorganização do clube".
Corte de custos! Vai, Corinthians.
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