Mauro Cezar Pereira

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CBF não descarta times gaúchos treinando e jogando em outro Estado na crise

A CBF reluta em paralisar o campeonato brasileiro em meio à crítica situação vivida pelo Rio Grande do Sul. Mas uma ideia não é descartada pela entidade e pode ganhar força nos próximos dias, semanas: o deslocamento, assim que possível, dos times gaúchos para que treinem e joguem em outro Estado.

Grêmio, Internacional e Juventude, os times sul-rio-grandenses da Série A, já pediram, por intermédio da Federação Gaúcha de Futebol, o adiamento de todos os seus compromissos por mais 20 dias. A Confederação vai protelar os próximos jogos, mas por enquanto opta por fazer isso aos poucos, a cada rodada

Embora ainda não falem sobre a possibilidade de deslocar os times para outro local quando possível, a ideia é vista na CBF como um caminho inevitável, caso a inundação persista. No entanto, as pressões pela paralisação do Brasileirão devem crescer. O Athletico acena com suas instalações para receber os gaúchos em Curitiba, como informou o jornalista Napoleão Almeida.

Times atuando fora de casa devido a problemas de força maior não seriam novidade, nem mesmo na América do Sul. Na Europa isso ocorreu algumas vezes, como o começo da vida itinerante do Shakhtar, iniciada há uma década, devido à anexação da Crimeia, próxima a Donetsk, pela Rússia, que invadiria a Ucrania, afetando os demais times do país. Mesmo assim o campeonato ucraniano foi retomado em agosto de 2022, após oito meses paralisado.

Com a guerra com o Hamas, a Uefa determinou que os jogos dos times de Israel nas competições que ela organiza não seriam realizados em solo israelense. Com isso, Maccabi Haifa e Maccabi Tel Aviv foram jogar pelejas internacionais válidas pela Conference na Hungria. Além disso, os elencos ficaram sem alguns atletas estrangeiros, que deixaram o país quando começou o conflito.

Na América do Sul, em 2021, em meio à pandemia do novo coronavírus, o governo do Equador proibiu a entrada de estrangeiros no país. Assim, o Independiente Del Vale mandou o jogo contra o Grêmio, pela fase preliminar da Libertadores, em Assunção. Venceu no Paraguai e novamente em Porto Alegre, eliminando os gremistas e provocando a queda do técnico Renato Gaúcho Portaluppi.

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