Flamengo repete roteiro de fritura do técnico. É a vez de Tite
Sábado, às 16 horas, Flamengo e Corinthians se enfrentarão no Maracanã. Se Tite evitou estrear no clube carioca contra seu ex-time no ano passado, justamente uma partida contra ele poderá marcar sua despedida.
O modus operandi da diretoria flamenguista é conhecido. E o óleo já esquenta à espera de mais um técnico em processo de fritura. Tite está vivendo situação idêntica à enfrentada pela maioria dos outros sete treinadores que passaram pelo cargo após Jorge Jesus.
Marcos Braz e Bruno Spindel, respectivamente vice-presidente de futebol e diretor executivo, estavam ávidos por falar com a imprensa sábado, após o empate com o Red Bull Bragantino. Agora, mantêm o silêncio. Filme conhecido.
Pessoas que vivem no dia a dia do departamento de futebol respondem apenas clichês como "Seguiremos trabalhando. Momento de falar menos e trabalhar mais". Outras, que orbitam o poder na Gávea, fazem previsões: "Creio que uma derrota tornará o clima insustentável".
Assim, vai sendo criado o clima para a troca. O pagamento de multa tornou-se rotineiro, ninguém estranha mais. Quem acompanha o dia a dia de Tite afirma que o treinador não pensa em se demitir. "Se não acontecer uma hecatombe, ele segue até o fim do contrato".
Mas esse desastre não é improvável, pois o futebol rubro-negro parece capaz de mergulhar ainda mais na crise. Tite precisa desesperadamente de resultados diante do Corinthians e quarta-feira, contra o Bolivar.
Caso contrário, poderá ampliar a lista de degolados. Nela estão Domenèc Torrent, Rogério Ceni, Paulo Sousa, Vitor Pereira e Jorge Sampaoli, todos demitidos. Renato Portaluppi e Dorival Júnior não tiveram seus contratos renovados. Em comum? Todos viveram momentos como os que Tite hoje enfrenta.
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