Mauro Cezar Pereira

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ReportagemEsporte

Técnico do Borussia tinha 22 anos quando Ancelotti sofreu sua maior derrota

A pauta era óbvia: o favoritismo do Real Madrid na decisão da Liga dos Campeões. Evidentemente o técnico Carlo Ancelotti, que fará 65 anos em dez dias, foi muito questionado a respeito na entrevista coletiva.

Se agarrou, naturalmente, a roteiro semelhante àquele seguido por Pep Guardiola no ano passado. Em Istambul, o Manchester City chegou com favoritismo frente à Inter. E o catalão foi perguntado em tom idêntico.

Lidar com o favoritismo exacerbado é sempre delicado. Como não temer o risco de relaxamento, dos atletas? Temer a possibilidade de absorverem, pelo menos parcialmente, o otimismo de fora para dentro.

Tudo pode ser colocado a perder por conta de eventual desconcentração. Ancelotti sabe disso. Ele era o treinador do Milan há 19 anos, quando um 3 a 0 virou 3 a 3 e o Liverpool levantou o troféu no final.

Para quem está de fora é fácil apontar o campeão antecipado. Mas o responsável por liderar o grupo deve mesmo ser cauteloso ao extremo. Por que uma escorregada pode significar a surpresa indesejada.

Edin Terzic sempre foi torcedor do Borussia Dortmund. Hoje é técnico do time de coração e sabe que a glória pode ser alcançada em 90 minutos. Ele vai atrás dela 370 dias depois de perder um título alemão "ganho" na última rodada da temporada anterior.

"Não éramos os favoritos contra o Atlético, não éramos os favoritos contra o Paris Saint-Germain. E não estaremos aqui amanhã só para que o Real Madrid possa ganhar o próximo troféu", respondeu Terzic a um repórter na coletiva de imprensa.

Ele tinha apenas 22 anos quando Ancelotti perdeu a Champions para o Liverpool em Istambul. E sabe que surpresas sempre existiram e sempre existirão no futebol. O alemão veio a Londres convicto de que o seu time pode apontar mais uma. Será?

Reportagem

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