Mauro Cezar Pereira

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'Espanholização' do Brasileiro com Flamengo e Palmeiras durou só uma rodada

Bastou o Flamengo fechar o fim de semana na liderança do Brasileiro com o Palmeiras em segundo para que muitas projeções surgissem. Obviamente elas apontavam que daquele momento e diante, os dois times que vêm dominando o futebol no país e mais dinheiro têm seriam absolutos na briga pelo título. Isso após 12 rodadas apenas.

A insistência de setores da mídia em prever o futuro ou procurar audiência com essas tentativas de adivinhação não podem ser levadas a sério. Ainda mais nesse certame marcado por desfaques impostos pelo calendário da CBF, que não paralisa a Série A durante a Copa América, mutilando equipes, em especial o (ainda) líder da competição.

O Flamengo jogou mais do que desfalcado, desgastado porque ao perder cinco titulares (estivesse à disposição, Viña seria o lateral-esquerdo, ante a má fase de Ayrton Lucas) os demais jogadores são mais exigidos. Consequentemente ficam mais tempo em campo e o acúmulo de partidas tem um preço, que é bem elevado.

A derrota para o Juventude foi justíssima, quase evitada pela excelente atuação de Rossi. Foi o melhor jogo do goleiro argentino pelo campeão carioca, tornando ainda mais inexplicável sua ausência entre os titulares em momentos decisivos na Libertadores e Copa do Brasil, ainda nos tempos de Jorge Sampaoli.

O Palmeiras perdeu Gustavo Gómez e Richard Ríos para a Copa América, não é penalizado por ela como os rubro-negros, mas sofreu ainda mais no Castelão. Os 3 a 0 impostos pelo Fortaleza com autoridade tiraram a chance de o bicampeão nacional assumir a primeira colocação do campeonato brasileiro.

O Bahia venceu o Vasco em jogo condicionado pela absurda expulsão de David quando o placar estava empatado. Assim, grudou no Flamengo, ficando atrás apenas em saldo de gols. O Botafogo sofreu, mas derrotou o Red Bull Bragantino, e se aproximou, empurrando o Palmeiras à quarta posição.

Tem muito campeonato, a tal "espanholização" pode até acontecer, mas em meio ao tumulto provocado pelo calendário cebeefiano e com tantas rodadas pela frente, falar em domínio absoluto dos chamados dois favoritos é precipitação pura. Quando a Copa América acabar o cenário ficará um pouco mais claro.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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