No 10º aniversário dos 7 a 1, nada mudou na decadente seleção brasileira
Foi a maior e mais humilhante derrota da história do esporte. Não se tem notícia de um time ou seleção que ostente a condição de maior campeão da modalidade em questão ser batido de maneira acachapante em casa numa semifinal de torneio que sonhava ganhar.
A goleada imposta pelos alemães refletiu o atraso dos treinadores brasileiros, protegidos pelos amigos da imprensa que não abrem mão de terem contato com eles e, assim, minimizam seus erros, fazem vistas grossas para suas evidentes limitações. Constrangedor.
Fato é que, depois de uma década, os técnicos daqui não abrem mercado, salvo raras exceções. Os clubes brasileiros tentam desesperadamente encontrar um estrangeiro que arrume seus times, pois quando olham o redor, os dirigentes não veem boas opções.
10 anos de um jogo que entrou para a história da #CopadoMundoFIFA pic.twitter.com/hHMuOd2yMW
? Copa do Mundo FIFA (@fifaworldcup_pt) July 8, 2024
Importante ressaltar que o bom time alemão de 2014 ganhou a Copa do Mundo, mas não atropelou seus oponentes, pelo contrário. Verdade que meteu 4 a 0 em Portugal, mas depois veio o 2 a 2 diante de Gana. Em seguida 1 a 0 nos Estados Unidos.
Nas oitavas de final, 2 a 1 sobre a Argélia com gols na prorrogação, o da vitória no 120º minuto! Nas quartas, 1 a 0 na França e na final o mesmo placar sobre a Argentina, mais uma vez decidindo no tempo extra após 0 a 0 no tempo regulamentar.
Massacre mesmo foi sobre a seleção brasileira pessimamente treinada por Luiz Felipe Scolari, com a coordenação de Carlos Alberto Parreira. Os dois últimos campeões do mundo pelo time da CBF formaram uma dupla melancolicamente obsoleta.
Dez anos se passaram e o Brasil somou mais dois fracassos em Copas sob o comando de Tite, que chegou à seleção como uma quase unanimidade em 2016. Se ele era o melhor e passou tão longe do sonhado sucesso, imagine com treinadores piores.
Nem precisa imaginar. Vimos recentemente a seleção fracassar com Fernando Diniz e agora sob a batuta de Dorival Júnior. Todos esses profissionais têm seus predicados, claro, mas o desafio de tirar a seleção brasileira do atoleiro é grande demais para todos eles.
Legado algum deixou o 7 a 1, porque a maioria prefere fingir que não aconteceu. É como se os gols germânicos continuassem a se acumular em interminável looping. E pelo jeito assim vai continuar por mais tempo. Não há perspectiva de melhora.
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