Mauro Cezar Pereira

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Candidato de Landim, Dunshee diz que não convencerá Braz a continuar no Fla

O blog publicou, em primeira mão, na terça-feira (16), que Marcos Braz decidiu não seguir na vice-presidência de futebol do Flamengo em 2025, mesmo que a situação vença a eleição no final do ano. O nome de Rodolfo Landim para sua sucessão é o de seu atual vice geral, Rodrigo Dunshee de Abranches. Abaixo as suas respostas sobre a saída de Braz, obtidas em contato com o candidato apoiado pelo atual presidente, e projetos para o futebol rubro-negro.

Publiquei a informação que Marcos Braz não seguirá na vice-presidência de futebol em 2025, mesmo que você ganhe a eleição. Pergunto: irá tentar convencê-lo a ficar no cargo ou tem outros planos para o departamento de futebol?

A gente respeita a posição do Marcos. Nosso futebol está muito bem organizado, conquistou inúmeros títulos e importantes vitórias. Quando não venceu, disputou até o final muitos outros títulos. Mudamos de patamar e isso causa inveja a todos os clubes do Brasil. Entendo que o futebol do Clube de Regatas do Flamengo está apto e maduro para prosseguir sem a colaboração do Marcos. Sempre podemos e devemos aprimorar, mas é preciso reconhecer os avanços e conquistas da gestão Landim. Aliás, alguns de nossos executivos e profissionais técnicos foram contratados para outros grandes clubes e a até para seleção recentemente, o que só reforça o profissionalismo e competência dos nossos colaboradores. Marcos é grande-benemérito, grande rubro-negro e merece respeito.

Você pensa em tentar convencê-lo a ficar, caso vença a eleição, ou isso está fora de cogitação?

A gente respeita a posição do Marcos e se ele comunicou que vai sair em 2025. Vamos seguir sem ele, com os profissionais que valorizamos. Não estou cogitando convencê-lo do contrário.

Planeja manter a estrutura com um vice de futebol atuante, à frente do departamento, como é hoje, ou irá adotar algum outro modelo, com um diretor executivo profissional, remunerado, por exemplo?

O estatuto do Flamengo prevê o cargo (vice-presidente de futebol) e quando não se nomeia, o presidente acumula a função, como fez Eduardo Bandeira de Mello. O que é não é bom. Contudo, o futebol já está profissionalizado e a ideia é valorizar cada vez mais a estrutura profissional do clube, sempre pensando em aprimorar. O presidente Landim, em nosso projeto, iria para o Conselho Deliberativo justamente para liderar o processo de mudança do estatuto, para melhorar a nossa governança, que não prevê a figura dos diretores profissionais, pasme. Eu vou manter o Bruno Spindel, o vice de futebol será alguém estratégico, próximo do presidente, atendendo ao estatuto, mas não estará no Centro de Treinamentos no dia a dia. Poderemos trazer alguém da área técnica, para ficar mais próximo do Tite, mas ainda não sei quem seria. E não abrirei mão do Spindel. Landim vai comandar a alteração do estatuto, se aprovado pelo conselho, porque atualmente não conta com funções como a de CEO. Queremos melhorar essa governança. Enquanto isso eu vou nomear um vice de futebol, mas será uma pessoa muito mais estratégica.

Já se especulam alguns nomes para a vice-presidência de futebol, inclusive, como Diogo Lemos, Bernardo Amaral e Cacau Cotta. O que há de fato em relação a isso?

Em relação a nomes, não tenho compromisso com nenhum. Está muito cedo para isso, inclusive. O que temos é um projeto sólido, com premissa de manter as conquistas da gestão atual e aprimorar aquilo que ainda podemos e devemos melhorar. O Flamengo teve uma gestão que se destacou em governança, administração, finanças e vitórias. Isso não é mérito de um nome, de um profissional ou um VP somente. É uma estrutura que contempla muitas pessoas. Temos muitos profissionais bem qualificados e eles estão comprometidos a continuar comigo, o que entendo relevante para o Flamengo.

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Então desses nomes especulados poderá sair o futuro VP de futebol, embora sem poderes como tem Marcos Braz?

Não tenho nomes. Nem meu vice-presidente geral está escolhido. O departamento de futebol já é 99,9% profissionalizado, somente o Marcos (Braz) não é profissional. Se vierem com 20 nomes, direi que não estou pensando nisso agora. Acabei de saber do Marcos que ele não seguirá e não vou tratar disso nesse momento.

E o que tem a dizer sobre esses nomes especulados?

São pessoas que prezo e colaboraram muito na gestão vitoriosa desses seis anos. Minha premissa básica é manter essa estrutura vitoriosa e os nomes que foram peças chave desse trabalho, que conheço como ninguém porque estou ali e sou o braço direito do Landim. Não quero ficar excluindo (nomes) porque essas pessoas não me pediram nada e acho que seria uma descortesia dizer não e não. Eu estaria antecipando uma questão que é para ser vista no futuro. Mas a rigor nenhum desses me pediu.

E com relação ao mercado de contratações? O conselho do futebol será mantido?

Sobre mercado, um dos ganhos dessa gestão é o fato de não deixar as decisões a cargo de uma só pessoa. Tem o scout, que é apresentado ao conselho do futebol, que discute os nomes, as situações e decide. Isso acabou sendo bom porque há menor chance de erro. Vou manter o conselho de futebol, com nomes a serem definidos.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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