Mauro Cezar Pereira

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ReportagemEsporte

Lyon investe mais do que PSG e times de Textor seguem negociando entre eles

O Olympique de Lyon tem John Textor como dono. E por enquanto é o clube que mais investe na Ligue 1, a primeira divisão francesa, para a temporada 2024/2025. Já são mais de 134 milhões de euros em oito novos jogadores.

Moussa Niakhaté, zagueiro; Ernest Nuamah, atacante; Orel Mangala, meia; Georges Mikautadze, centroavante; Saïd Benrahma, atacante; Abner, lateral-esquerdo; Duje Caleta- Car, zagueiro; e Mama Baldé, centroavante, já foram contratados pelo dono da SAF do Botafogo.

Até aqui o Lyon colocou no mercado 48,5 milhões de euros a mais do que o Olympique de Marselha e 29 milhões de euros a mais na comparação com o Stade Rennais, por exemplo. O levantamento é do site Foot01.com.

Mas a liderança do time do investidor americano neste ranking dificilmente será mantida até o fechamento da janela europeia de contratações, em 30 de agosto. Isso porque a concorrência provavelmente aumentará.

Movido pelo dinheiro do Catar, o Paris Saint-Germain, mais rico entre os clubes da França, ainda não entrou com força no mercado. O que deve acontecer com certo apetite, ainda mais com a perda de Mbappé, agora no Real Madrid.

Ao mesmo tempo o clube de John Textor também tenta fazer boas vendas. De acordo com a imprensa francesa, um dos que poderiam ser negociados é Nuamah. O atacante estaria nos planos de clubes ingleses e italianos. Sua trajetória é peculiar.

Em 33 partidas na última temporada pelo Olympique de Lyon, o ganês de 20 anos fez três gols e deu um par de assistências. Comprado ao dinamarquês Nordsjaelland, custou 25 milhões de euros ao pequeno clube belga Molenbeek, outro integrante da Eagle, holding de Textor.

Em seguida, foi emprestado ao Lyon. No ano passado o jornal L'Équipe publicou que a Fifa investigava a negociação após reclamações de dirigentes do futebol francês. Há duas semanas foi anunciada a transferência definitiva do jogador de Gana por 28,5 milhões de euros pagos ao Molenbeek.

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Outros já fizeram o roteiro entre Molenbeek e Lyon, como o zagueiro Mamadou Sarr e o meia Florent Sanchez da Silva. Ambos jogaram poucos minutos até serem devolvidos ao time de Textor na Bélgica.

Empréstimos e transferências de atletas entre integrantes da Eagle são comuns. Jogadores como Lucas Perry, Jeffinho e Adryelson foram do Botafogo para o Lyon. Já Segovinha, Segovia, Phillippe Sampaio, Souza e Carlos Alberto, por exemplo, deixaram o Rio de Janeiro para defender o clube belga.

Em fevereiro o site SudInfo Sports informou que o OL (sigla para Olympique Lyonnais, ou Lyon) Groupe, com 90% pertencente à Eagle Football, de Textor, comprou a RWDM (Racing White Daring Molenbeek) por 14,5 milhões de euros. Não mudou quase nada para o clube, já que ambos pertencem ao dono do Botafogo.

Com a aquisição, acrescentou o texto do jornalista Julien Denoël, todas as atividades anteriormente detidas pela Eagle Football Holdings Bidco foram para o OL Groupe. Este passaria a se chamar Eagle Football Group na tentativa de entrar na Bolsa de Valores de Nova York.

Outra informação interessante da matéria: desde a sua aquisição pela Eagle Football Holdings Bidco Ltd, as receitas do Molenbeek aumentaram nada menos que 318%, sem vendas de jogadores. O time foi rebaixado à segunda divisão nacional na temporada 2023/2024.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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