Mauro Cezar Pereira

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Gigante, Adílio foi um dos maiores entre os maiores na história do Flamengo

A mão direita espalmada, braço erguido, a corrida em direção ao lado à esquerda das cabines de rádio do Maracanã. Imagem que sempre estará vivíssima na retina rubro-negra de quem viveu os anos 1980.

Adílio dominava a bola com classe. Corria mantendo a pelota aos seus pés com habilidade e estilo único, inconfundível. Adílio era um meia com faro de gol. Marcava até de cabeça, tal sua colocação.

Adílio fez p gol do penta da Taça Guanabara em 1982, na histórica decisão carioca de 1981, na final do Brasileirão 1983, nos 6 a 0 do troco no Botafogo e no Mundial de Clubes também. Foram 616 jogos e 128 tentos, 13° do ranking de artilheiros do Flamengo.

Adílio driblava no espaço de um guardanapo, dizia o lendário narrador Jorge Cury. Tanto que quando escalado na ponta-esquerda era quase impossível detê-lo. Adílio vestia a camisa 8 e foi craque num time de craques a orbitar em torno do craque maior, o número 10.

"Adílio, o camisa 8 da Nação". Ele virou livro, de Renato Zanata Arnos. "Que neguinho é esse, que está com a bola nos pés? É o neguinho Adílio, que faz com ela o que quiser". Sim, Adílio também virou música, que cantava suas origens.

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Adílio cresceu na Cruzada São Sebastião, um conjunto habitacional do Leblon. Pulou o muro da Gávea para jogar bola no Flamengo e acabou nas divisões de base. Quando driblou o segurança ainda não sabia, mas estava entrando em casa.


Adílio nasceu para jogar no Flamengo. Vê-lo em campo era um prazer. Acompanhar toda sua carreira foi um privilégio. Obrigado, "Neguinho da Cruzada". Que saudades!

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