Mauro Cezar Pereira

Mauro Cezar Pereira

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
OpiniãoEsporte

Flamengo paga por dar à Copa do Brasil uma importância que ela não tem

Flamengo e Palmeiras fizeram dois jogos disputadíssimos pela Copa do Brasil. Duelos intensos de mata-mata daqueles que exigem tudo dos jogadores. Os rubro-negros sobreviveram, mas a batalha deixou sequelas nos dois lados.

Não, o desgaste ao final de uma peleja dessas não é igual ao de um jogo de campeonato que você pode administrar quando tem um bom placar. Ou mesmo um confronto eliminatório contra adversário inferior, que exige menos se abrir boa vantagem.

Os palmeirenses convivem com lesões. Contra o Botafogo, na quarta-feira, não tinham Piquerez, que só retornará em 2025; Mayke e Dudu. Os rubro-negros encararam o Bolivar sem Everton Cebolinha e Viña, que também não voltarão a atuar em 2024.

Ainda no primeiro tempo diante do time boliviano o Flamengo perdeu Pedro. E Gabi ao final. Em dois jogos quatro saíram contundidos. É muito, claro, mas evidentemente o risco aumenta quanto se investe tanto em competições que desgastam mais.

Dirigentes e comissão técnica do clube carioca jogaram as fichas nos duelos contra o Palmeiras e agora pagam a conta. Cotejos pesadíssimos e que elevam o desgaste cumulativo, deixando os atletas mais vulneráveis a lesões. Erro crasso.

Sim, se o Flamengo não levasse sua força máxima e fosse eliminado, a cobrança seria grande. Mas é aí que deveria existir dirigente e técnico que, juntos, chamassem a responsabilidade, decidindo que a Copa do Brasil não é prioridade. E admitindo publicamente.

Querer jogar com a mesma base tantas partidas pesadas em sequência, em quatro meios de semana, é algo insano. Ainda mais quando aos sábados e domingos surgem jogos do campeonato que o clube tem obrigação de pelo menos lutar para reconquistar.

Caso sobreviva na Libertadores nesta quinta-feira, a 3.640 metros de altitude, contra o Bolívar, o Flamengo terá três competições pela frente pelo menos até o final de setembro. Novamente não colocar a Copa em terceiro plano será um verdadeiro suicídio.

Siga Mauro Cezar no Twitter

Continua após a publicidade

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Deixe seu comentário

Só para assinantes