Mauro Cezar Pereira

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A derrota do Fla e os sorrisos inexplicáveis de Landim e Braz com Gabriel

No clássico com o Fluminense, o técnico Filipe Luís sofreu sua primeira derrota no comando de um time profissional. Resultado justo pelo que foi o segundo tempo, após uma etapa inicial na qual os rubro-negros até tiveram volume, pressionaram, mas repertiram o velho desempenho deficiente nas conclusões.

"Arame liso" nos 45 minutos iniciais, frágil defensivamente em noite desastrosa de Ayrton Lucas, exposto após o intervalo, tomando dois gols rapidamente com os tricolores definindo a vitória. O arqueiro Fábio pouco trabalhou depois disso, ante a inoperância ofensiva do Flamengo. Inoperância simbolizada por Gabriel Barbosa.

Foram mais 77 minutos em campo (não queriam minutagem?), uma finalização bloqueada pela defesa adversária e dois impedimentos. O camisa 99 não arremata, não gera jogo, não faz um pivô, não divide uma bola. Figura praticamente nula mais uma vez. Mas segue titular com Filipe Luís.

O tratamento dado ao jogador não condiz com o que apresenta. Jogar sem um atacante como ele, buscando outras formações, era o que Tite tentava logo após a lesão de Pedro e é o que o novo treinador precisa fazer. Insistir na chance de aleatoriamente Gabriel marcar um gol é jogar apenas com a sorte.

Mais incrível ainda foram os sorrisos do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e do seu vice de futebol, Marcos Braz, antes da peleja. Estavam ao lado do atacante, que segurava uma placa comemorativa pelos seus 300 jogos com a camisa do clube. Assim surgiram os dois dirigentes, como se tudo estivesse bem.

O que se viu em seguida nos 90 minutos de futebol apenas os devolveu à realidade desse Flamengo errático, caro e cheio de equívocos, que vive de tentativa e erro. Um Flamengo que tem em Gabriel seu símbolo mais forte, em declinio há dois anos, protagonista de polêmicas tolas até, mas ainda tratado como se fosse Gabigol.

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