Mauro Cezar Pereira

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Vitórias brasileiras sinalizam um problema para a Conmebol na Libertadores

Terça-feira o Atlético Mineiro fez 3 a 0 sobre o River Plate. A classificação para a final da Libertadores está encaminhada.

Na quarta foi a vez de o Botafogo derrotar o Peñarol por 5 a 0. Presença na decisão mais do que próxima da concretização.

Os dois times brasileiros deverão disputar a decisão em Buenos Aires, dia 30 de novembro. A questão passa a ser: em qual estádio?

A Conmebol, que organiza o certame, marcou a peleja decisiva para o Más Monumental. Lá cabem cerca de 86 mil torcedores.

Mas a confederação não quer uma cancha sem lotação máxima. Como encher o maior estádio do continente com essa final?

Se o River Plate, dono da casa, conseguir a improvável classificação, o problema estará resolvido, claro. Mas e sem o time argentino?

A Conmebol contaria com o Peñarol. Não restam dúvidas que, chegando à decisão, dezenas de milhares atravessarão o Rio da Prata.

E não seria o bastante. E entre o time uruguaio e a final existe um intransponível obstáculo construído pelo Botafogo.

Se finalistas, os dois alvinegros dificilmente levarão perto de 80 mil pessoas à capital argentina. Como fazer então?

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Em 2021, Athletico e Red Bull Bragantino jogaram a final da Sul-Americana para um Estádio Centenário deserto. Ficou feio.

Não por acaso, em 2023, quando o Corinthians foi eliminado, a Conmebol tirou a decisão do maior estádio uruguaio. O cotejo foi transferido para Maldonado.

LDU de Quito e Fortaleza jogaram a final do ano passado perto de Punta del Este.

Não será surpresa se, confirmada a final entre Atlético Mineiro e Botafogo, o jogo vá para um estádio não tão grande. Onde não sobrem tantos lugares.

Como o José Amalfitani, do Vélez Sarsfield, também palco de partidas da Copa do Mundo de 1978. Hoje lá cabem aproximadamente 49 mil torcedores. A ver.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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