Mauro Cezar Pereira

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Anti pessimismo de Dorival e o futebol fraco da seleção que esnoba Endrick

"Nós, brasileiros, sempre olhamos pelo lado negativo das coisas (,..) mais diretamente no futebol", filosofou Dorival Júnior após Brasil 1 x 1 Uruguai, em Salvador, numa Fonte Nova repleta de lugares vazios.

"O trabalho vem melhorando a cada momento. Percebo isso em todas colocações dos jogadores. Essas últimas duas partidas tivemos um bom volume, poderíamos ter uma sorte melhor", continuou o técnico.

"Um gol a mais daria a chance de finalizarmos este ano na segunda posição. Acho que muitas coisas mudaram. Estamos num caminho, queremos o resultado, estamos próximos que isso aconteça", acrescentou, na sua cruzada anti pessimista.

"Mas temos que ter paciência para encontrar a equipe ideal, uma que passe mais confiança ao torcedor", disse, ainda, o treinador, ao encerrar o ano com sete empates, uma derrota e apenas seis vitórias.

Argentina, Uruguai, Equador (mesmo perdendo três pontos por escalação irregular de jogador) e Colômbia estão à frente do Brasil. O Paraguai fecha 2024 apenas um ponto atrás do time brasileiro.

A colocação não é boa, como o futebol apresentado. Pouco se cria, pouco se vê de positivo, mesmo depois de a comissão técnica trabalhar com os atletas por cerca de um mês no período de Copa América.

No meio disso tudo, nesse time que sofre para fazer um gol, Endrick, que causou furor nos primeiros momentos de Dorival na seleção cebeefiana, fica de fora. Um talento que deveria ser lapidado, sempre.

Contra o Uruguai, não havia outro centroavante e Igor Jesus, com três gols nos 15 últimos comprimissos e há cinco pelejas sem marcar, foi substituído por um ponta. Entrou Luiz Henrique em seu lugar.

Lateral-dreito na seleção, Danilo foi tituar em quatro jogos dos dez na temporada italiana pela Juventus, treinada por Thiago Motta. E lá ele costuma ser zagueiro. Na Bahia começou o cotejo entre os 11.

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Se para não contar com Endrick essa foi a justificativa, não cola. O atacante, na reserva do Real Madrid, onde mal chegou e com apenas 18 anos, foi decisivo contra Inglaterra, Espanha e México.

O menino tem força, coragem, finaliza. Ajudaria. Não, essa seleção de Dorival Júnior não tem a menor condição de esnobar Endrick.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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