Mauro Cezar Pereira

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Motivos não faltam para Artur Jorge trocar o Botafogo pelo Al-Rayyan

O Al-Rayyan deve mesmo desembolsar os 2 milhões de euros da multa rescisória de Artur Jorge. Assim, o técnico trocará o Botafogo pelo futebol o Catar.

O impasse envolvendo o desejo do treinador de conseguir um aumento e a reação da SAF, discordando, seria a causa maior da saída. Mas é só?

Claro que se a Eagle, dona do futebol botafoguense, concordassem em reajustar os vencimentos do português, ele provavelmente ficaria. Mas sem isso?

Motivos outros existem para que o treinador prefira a segurança de um excepcional salário no Oriente Médio. Um deles: as incertezas que envolvem a holding.

A Direction Nationale du Contrôle de Gestion (DNNG), que controla as finanças do futebol francês, tem o Olympique Lyon na mira. É o principal time da Eagle Football Holdings.

O órgão determinou o rebaixamento ao final da temporada se as contas não melhorarem. A dívida atual é imensa, gira em torno de 505,1 milhões de euros (R$ 3,263 bilhões).

A Direção Nacional de Controle e Gestão impôs severas sanções ao Lyon, como teto salarial e transfer ban. Isso impede o time de contratar novos jogadores para a temporada, tem que vender!

Mesmo assim, Almada seguiu do Botafogo para o quinto colocado no campeonato francês, entre outras saídas. Existem óbvias dúvidas quanta às chegadas, já que a prioridade é salvar o Olympique Lyon.

O clube necessita quitar aproximadamente 100 milhões de euros (R$ 646 milhões). Dessa maneira, equilibraria as finanças e não iria parar na segunda divisão francesa.

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Em meio a tantas dúvidas quanto ao futuro da Eagle e seus times, qual será o elenco do Botafogo em 2025? Que outros problemas poderão surgir na temporada que se aproxima?

Estrategicamente, a saída do técnico faz todo sentido. Importante: a dívida do Botafogo SAF era significativa em 2023. Após tantas contratações, o que trará o balanço de 2024?

Trocando o campeão da Libertadores pelo Catar, Artur Jorge terá a certeza de que financeiramente sua vida ficará melhor. E, importante, o mercado brasileiro não tirará o olho dele.

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