Mauro Cezar Pereira

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O adeus de Luiz Henrique sinaliza um Botafogo mais fraco para salvar o Lyon

A exemplo de Thiago Almada, Luiz Henrique está trocando o Botafogo pelo Olympique de Lyon (OL), segundo o jornalista Venê Casagrande e o site GE. O time francês também pertence à holding Eagle e está com sérios problemas financeiros.

Destaque nas campanhas dos titulos brasileiro e da Libertadores, o jogador fará 24 anos nesta quinta-feira. Revelado pelo Fluminense, estava no Real Betis, da Espanha, e não surpreende em nada ao retornar para a Europa.

Em 25 de janeiro, há 341 dias, o UOL Esporte publicava que Luiz Henrique deveria passar um tempo no Botafogo, antes de seguir para a França. O Flamengo também tentou sua contratação.

O enfraquecimento do elenco botafoguense socorre o Lyon, afundado em dívidas e precisando vender jogadores. O time está previamente rebaixado, com teto de gastos e sob transfer ban.

A Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP) penalizou o OL em novembro. Acertar as contas é algo mais do que urgente.

Por isso, caso apareçam boas propostas por Luiz Henrique, ou mesmo Almada, a Eagle não deverá hesitar. Serão negociados como qualquer atleta da endividada agremiação francesa.

Caso de Jeffinho, que fez 25 anos ontem e, segundo o GE, está sendo adquirido junto ao Lyon pelo... Botafogo! As cifras, de acordo com site: 5,3 milhões de euros (R$ 33,9 milhões).

O que explica o campeão brasileiro pagar tanto para ter de volta um jogador que era seu e estava na reserva? Ele foi para a França, voltou e em 2024 ficou lesionado entre junho e outubro.

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Fez apenas sete jogos no Brasileirão, cinco como titular, marcou um gol e deu uma assistência. Na Libertadores, atuou em quatro partidas, duas desde o início, assinalou um tento e não deu passe para qualquer companheiro marcar.

Pode ser uma maneira de socorrer o "clube irmão" na França, clara prioridade da Eagle. Em novembro, o mesmo GE publicou que, segundo o dono da holding, o americano John Textor, o Botafogo "terá que reabastecer" os cofres do Lyon.

Assim, o elenco alvinegro se enfraquece. Além dos destaques Almada e Luiz Henrique, saíram suplentes como Gatito Fernández, Eduardo, Tchê Tchê, Marçal, Pablo, Óscar Romero e Adryelson. Este último era do Botafogo, foi para o Lyon, retornou por empréstimo e agora volta à França.

Vender o zagueiro é fundamental, como Rayan Cherki, Gift Orban, Ernest Nuamah, Paul Akouokou, Mahamadou Diawara, Saël Kumbedi, Maxence Caqueret, Nicolás Tagliafico, Said Benrahma, Malick Fofana, quem for possível.

Na imprensa francesa, há receio quanto ao futuro do outrora heptacampeão nacional. Como no texto do jornalista Jérôme Latta, no tradicional jornal Le Monde, sob o título, "Olympique Lyonnais, de um modelo obsoleto a um modelo perigoso".

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O artigo frisa que, entre as maneiras de se levantar os cerca de 100 milhões de euros necessários para a temporada em curso, a holding é "proprietária do clube brasileiro Botafogo, do qual espera algumas vendas lucrativas de jogadores".

Resta saber se a Eagle conseguirá reunir recursos para tirar o Lyon da crise, evitanto o rebaixamento, e, ao mesmo tempo, reforçar à altura o elenco botafoguense, que também não conta mais com a liderança do técnico Artur Jorge e vive um desmanche. Complexo.

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