Clima insustentável na Espanha aproxima Vinicius Júnior do futebol saudita
Vinicius Júnior foi expulso em mais um jogo tenso, marcado por manifestações racistas entre Valencia e Real Madrid. O peteleco no goleiro Dimitrievski gerou a reação do brasileiro, que o empurrou, e o exagerado cartão vermelho. Tensão no estádio Mestalla, um problema que os espanhóis não conseguem, ou não querem, resolver.
Vale lembrar que independentemente de um ou outro concordar, ou não, com a decisão da arbitragem, após intervenção do VAR, o clima tornou-se insustentável para o atacante revelado pelo Flamengo em diferentes locais na Espanha. É um fato. E nem mesmo punições a torcedores conseguem conter os ânimos e inibir os racistas.
Alguém dirá que Vinicius exagerou, que anda nervoso demais etc. Como se aturar um bando de idiotas chamando-o de macaco fosse algo que devesse fazer parte de sua rotina como atleta profissional. Se o brasileiro anda mais impaciente e pavio curto do que o normal, obviamente motivos para tal não lhe faltam.
O contrato com o Real Madri vai até 30 de junho de 2027. No ano passado, os sauditas deram o primeiro sinal de que desejam levá-lo. O staff do jogador entendeu como um primeiro movimento que deverá ser seguido por outro, provavelmente decisivo, em meio à Copa do Mundo do ano que vem.
Quando a bola estiver rolando nos Estados Unidos, Canadá e México, Vini estará entrando em seu último ano de compromisso com merengues. Seis meses depois poderá assinar um pré-contrato.
E é ai que a Arábia Saudita deve voltar à carga, acenando com uma boa quantia para que o liberem aos 26 anos. Ou ele poderá ir embora sem pagamento de multa dias antes de fazer 27 (ele é de 12 de julho).
Em um ano e meio, se o clima em jogos como o desta sexta-feira continuar o mesmo em terras espanholas, ficará cada vez mais fácil para os árabes convencerem o atacante a deixar Madri, ficar rico e jogar sem ser xingado. E se fizer um acordo por, digamos, quatro anos, pode sair livre aos 30 e atuar no país que desejar. Longe dos racistas.
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