Lugano, a voz a ser ouvida no São Paulo
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Lugano falou. E ficou perto de recorrer à passagem bíblica que reúne o Faraó do Egito e José. Sete anos de miséria sucederão sete anos de fartura.
O futebol tem ciclos e está na hora de termos um vitorioso, disse o uruguaio. Basta ganhar o primeiro título, como foi em 2005. O Paulista veio antes da Libertadores, do Mundial e de três Brasileiros.
Como fazer com que o passado retorne? Lugano não explica, fala apenas em trabalho nobre, não compara dados, omite que agora há clubes mais ricos e esquece o legado de tantas contratações ruins, do inexplicável Gonzalo Carneiro ao sonolento Pato.
Lugano não mostra dados que embasem a possibilidade de um título. Fala mais com a certeza dos apaixonados, dos que têm fé cega. Um Antônio Conselheiro charrua.
Não vale nada?
Vale muito.
Vale tudo.
Na situação atual do São Paulo - endividado e sem títulos - é importantíssimo que um louco apareça e diga somos gigantes e vamos despertar. Estamos perto de acordar.
Uma voz que desafia a sensatez e aposta no sonho. Lugano é assim. Se os outros o seguissem, o São Paulo não estaria tão mal. Se os outros o seguirem, o gigante não mais estará acoelhado e acocorado.
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