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CBF precisa pagar a conta e garantir a galinha de ovos de ouro

Rogério Caboclo, futuro presidente da CBF, assiste ao treino da seleção brasileira no campo - Sandra Kelch/Kelch Photography/Divulgação
Rogério Caboclo, futuro presidente da CBF, assiste ao treino da seleção brasileira no campo Imagem: Sandra Kelch/Kelch Photography/Divulgação

01/04/2020 07h05

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A pandemia (ué, não era uma gripezinha?) traz a morte e também devastação econômica. Em todos os setores. Também no futebol, é lógico.

Os clubes brasileiros são frágeis, economicamente falando. Quem está bem, financeiramente falai, entre os 12 grandes? Flamengo e Palmeiras. Quem mais?

Se a situação é ruim para quem tem patrimônio como São Paulo, Corinthians, Inter e Grêmio, imaginem para Botafogo e Vasco, com dívidas astronômicas e Cruzeiro, na segundona?

Do outro lado, temos os jogadores, com salários milionários, uma pequena parte, e três ou quatro salários mínimos, para a grande maioria.

Os clubes querem reduzir salários

Os jogadores não aceitam.

A negociação é difícil. E fica mais difícil ainda porque não há entidades representativas de um lado ou de outro. Não há sindicato forte do lado patronal ou dos trabalhadores.

A história tem um terceiro lado. A CBF, que vive da exploração dos clubes e dos jogadores. Ela, que ganha milhões com amistosos desinteressantes mundo à fora.

Só dá a camisa. Não paga nada aos clubes. Não paga nada aos jogadores. Vive deles, como parasita.

Está na hora de Rogério Caboclo meter a mão no bolso e salvar o futebol. Mediar as negociações. Salvar os clubes. Salvar os jogadores. E salvar a do mesma. Sem clubes e sem jogadores, como vai sobreviver?