Nasi revela: Rogério Ceni barrou Leco no vestiário de jogo de despedida
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Antes de ligar para o Nasi, estava ouvindo "O amor também pode errar", " Chuto pedras e assobio" e "Mulheres à frente da tropa", músicas novas do Ira! Comecei a entrevista por aí, mas logo fui surpreendido por uma revelação dele. Então, a música fica para depois. Leiam o depoimento do Nasi.
"A festa de despedida do Rogério Ceni não teve participação nenhuma do São Paulo. Foi tudo feito pelo Pinotti (ex-diretor de futebol), pelo meu irmão, que é empresário de palestras do Rogério e pelo próprio Rogério, que estava meio reticente, porque o time não andava bem.
O clima estava meio tenso. Os segurança não eram do São Paulo, eram contratados e impediram todo tipo de carteirada. Enfim, as coisas não andavam bem.
Os dois times, campeões do mundo de 92/93 e 2005 estavam no mesmo vestiário. Então, veio um segurança avisar que o Leco e alguns diretores queriam entrar para conversar.
Não, foi a resposta do Rogério.
Mas ele é o presidente.
Não, aqui só entra jogador.
E não entrou ninguém".
Caramba, Nasi. O clima já não era bom. Influenciou na saída do Rogério como treinador, não acha?
"Acho que sim. Ele trouxe o Rogério como um escudo e depois descartou em cinco minutos. Não seu suporte, vendeu jogadores e não segurou. E nem tinha pressão. A torcida nunca o chamou de burro".
Você acha que o Rogério estava preparado?
"Eu acho que a ansiedade dele em voltar pro campo era muito grande. Poderia ter esperado um pouco mais, como o Murici fez. Mas ele está arrebentando no Fortaleza e vai voltar".
Agora? É hora?
"Cara, o Diniz precisa de uma continuidade. Eu não confiava muito, nas o time está bem. Mas o São Paulo anda muito cagado. Estava bem no campeonato e veio a pandemia".
Dava para ser campeão?
"Sim. E dava para rebaixar o Corinthians. Nem sei o que seria mais legal". (muita risada).
O que falta para o São Paulo?
Quase nada. Um substituto para o Antony. Não sei se o Rojas vai voltar com a velocidade de antes. As cirurgias foram complicadas. Um lateral, se o Juanfran sair. O Igor Vinícius é mais para um 3-5-2. E dar chances para o Rodrigo Nestor, o Gabriel Sara e o Diego".
Nasi, eu vi uma foto sua com o Scandurra. Você tá parecendo o Murici. Antes, parecia o Wolverine, não é decadência demais para um roqueiro?
"Que é isso, cara? Queria ter o respeito que o Mujica tem dos fãs. Ele é demais. Faz parte do meu São Paulo de todos os tempos".
Qual é?
Rogério, Nelsinho Batista, Oscar, Dario Pereira e Serginho; Chicão, Murici e Pedro Rocha, Muller, Careca e Serginho Chulapa deslocado. Tem muita memória afetiva aí. Eu ia ver Muricy, Serginho, Zé Sérgio nos aspirantes".
Você foi goleiro no Rock'gol da MTV e treinou no São Paulo, é isso?
"Ah, eu jogava muito handebol e futsal no colégio. Era muito aplicado. Fiz teste no São Paulo como volante, estilo Chicão. Foi com o Mário Juliato. Tinha 50 moleques e só peguei na bola uma vez. No Rockgol, eu entrei no lugar do Surdo, que era muito ruim. Aí, criei um personagem".
Nasi, você pode ser bom de bola, mas é melhor cantando. O crítico Mauro Ferreira disse que sua voz está novamente impetuosa. O que estava atrapalhando?
"Questão de ânimo. O último disco Invisível DJ foi gravado em imperioso conturbado, com muita briga. Tinha coisas boas, mas não tinha alma. Agora, o tesão voltou".
Disco? Ainda se fala disco?
"Pra gente, som. Até pensamos em gravar em vinil. Mas a gente pensa em forma de disco. Tem coesão. Uma música conversa com a outra. Começamos a fazer no final do ano passado, teve uma pré mixagem e depois a mixagem final. Tinha muito show programado para lançamento, mas teve a pandemia. Vai demorar um pouco".
E a cerveja?
"Estou lançando na em parceria com a cervejaria do Paraná. É forte e fica em um tonel com aguardente de jambu, aquela planta que adormece um pouco a língua. É a coleção Lendas do Rock".
Qual é a sua seleção do rock?
1) The Who, 2) The Clash, 3) The Animals 4) The sensacional Alex Harvey Band, 5) Led Zeppelin, 6) The Jam, 7) Joelho de Porco, 8) Raul Seixas, 9) AC/DC, 10) Slade, 11) Sex Pistols
Nasi, uma lenda do rock, aí seu alcance. No celular, no vinil, na garrafa e, é claro, no Morumbi.
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