Pênalti "roubado" não pode ofuscar problemas do Corinthians
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Quando a gente jogava bola na rua Washington Luis, rua de terra, lá em Aguaí, não havia juiz. Tínhamos dez anos de idade e seguíamos algumas regras básicas.
1) prensada era da defesa
2) "dois num" parava o jogo
3) quando passava alguém, parava o jogo. Se fosse a Cleonice, filha do Dito Corimbatá e irmã do Edinho Zanella, a gente nem ligava.
4) mão na bola não é pênalti.
5) pra decidir se foi pênalti, precisava ver a intenção do moleque em colocar a mão na bola. Se tentasse e não conseguisse, era penal.
E assim fomos felizes por muito tempo.
A questão de pênalti era perfeita. Devia ser observada pelos árbitros de hoje.
Acredito que mais de 80% dos pênaltis são convertidos. É um lance capital, como diziam os jornalistas antigos.
Pode definir um jogo, uma classificação, um campeonato...Precisa ser muito bem marcado.
Foi assim com Lucas Piton. Não foi mão na bola. Não foi intencional. Foi marcado. Foi convertido, o Corinthians foi eliminado.
Um verdadeiro pênalti "roubado", com muitas aspas porque não estou duvidando da honestidade de ninguém.
A regra mudou? Qual a justificativa para aquele pênalti? Só o VAR mesmo. Parece esgrima, cada toque um pênalti.
Um pênalti assim é uma estocada na essência do futebol. É a banalização do mal. É a negação do futebol de contato. Todos vão jogar com as mãos para trás.
Agora, além do pênalti, é preciso dizer que o Corinthians jogou 180 minutos contra o America, um bom time, mas da Série B, e só fez um gol.
De pênalti.
O time continua mal, apesar das três vitórias conseguidas no Brasileirão.
Precisa melhorar para ter um segundo turno mais tranquilo que o primeiro. Conseguir pelo menos 30 pontos e ver o que isso pode trazer de bom.
É o que restou nessa péssima gestão do Andrés, o homem que bancou Coelho.
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