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REPORTAGEM

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Muricy é amado por uma torcida sebastianista e sedenta por títulos

10/03/2021 04h03Atualizada em 10/03/2021 10h49

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A entrevista de Muricy Ramalho ao blog dos companheiros Eduardo Tironi e Arnaldo Ribeiro foi uma demonstração - mais uma - de como os torcedores são apaixonados por ele, tricampeão brasileiro de 2006 a 2008.

Ele é uma estátua viva, a comprovação de que houve tempos de glória. E, aí com uma boa dose de sebastianismo, a certeza de que tudo voltará a ser como antes.

A idolatria é grande. As pessoas pagam 10, 20, 30, 50 reais para pedir um abraço, para oferecer uma cerveja, para dizer que o pai era fã do dente de leite.

Respeito e amor.

E a resposta é imediata. Todos, com certeza, vibram quando ele conta que Crespo se entusiasmou e se emocionou só receber o convite para treinar o São Paulo. "E precisa mesmo porque isso aqui é gigante". Percebem? Ele deixa claro o óbvio: o São Paulo é maior que Crespo. outra obviedade, tão esquecida: o futebol é resultado e um time como São Paulo precisa ganhar títulos.

A última frase, acompanhada de um tapa com a mão direita no antebraço esquerdo, com certeza levou torcedores a um entusiasmo enorme.

"Nosso time não está longe dos outros. Ganhamos várias vezes do Flamengo e o Palmeiras empatou com a gente no final. Agora, precisamos ganhar. Isso é que interessa. Quem não ganha é demitido, como eu já fui".

É uma sinfonia de Mozart.

Falou também sobre reforços. O mais importante, para mim, foi a reafirmação que Crespo quer volantes que saibam jogar e não apenas marcar. Assim, estão em alta Gabriel Neves, que deve vir, Rodrigo Nestor, por quem Crespo está encantado, também por ser canhoto, mas não só por isso, e Liziero, que voltou a treinar. Hudson sai.

Crespo está satisfeito com Rojas e nenhum ponta será contratado. E segue a busca por um centroavante, muito prejudicada pela falta de dinheiro.