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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Ramírez: o vestiário derrotou o projeto

11/06/2021 14h58Atualizada em 11/06/2021 15h29

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Miguel Ángel Ramírez foi demitido do Inter após ser eliminado da Copa do Brasil com uma derrota por 3 x 1 para o Vitória no Beira-Rio, dias depois de sofrer goleada por 5 x 1 para o Fortaleza, no Brasileirão.

Colegas gaúchos muito bem informados dizem que ele não tinha mais o controle do vestiário. Que teria desagradado os tais líderes do elenco. Torcedores contrários à demissão cravam que Patrick e Edenilson teriam derrubado Ramírez.

E até quando ter o vestiário será importante no futebol brasileiro? Jogador é pago para jogar. Até me parece bacana que treinadores sejam acessíveis, troquem ideias etc, mas caso não façam assim, nada justifica melindre nos jogadores.

É preciso, mesmo que não concorde com as decisões do treinador, entrar em campo com força mental e física para que elas sejam cumpridas da melhor forma possível. Nada mais. Nada menos.

Jogadores, de forma orquestrada ou por falta de vontade, não têm o direito de colocar no chão um projeto do clube.

E aí, entramos na questão do projeto a longo prazo, uma quimera defendida por muita gente boa que defende futebol melhor e mais bem organizado.

Ora, não há projeto que resista a defesa desarrumada, ataque que não funciona, perda de título contra o rival (ainda mais em grenal), goleada e eliminação.

E tudo junto, como foi no Inter?

Pior ainda.

O errado do Inter foi vender a ilusão de que bancaria o projeto de um treinador sem conhecimento do futebol brasileiro e com apenas um clube no currículo: o pequeno Independiente del Valle.

Ótimo trabalho, o suficiente para que chegasse ao Inter. E totalmente insuficiente para que fosse bancado após um trabalho turbulento e com resultados ruins, bem ruins.

Alwais Ready que o diga.

Não existe - e é justo que não exista - trabalho a longo prazo em times gigantes. É preciso resultado. Rapidamente.