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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

O Brasil precisa de um jogador gay urgentemente

02/07/2021 12h22Atualizada em 02/07/2021 12h34

Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, assumiu sua homossexualidade no programa de Pedro Bial. Um fato muito importante, mesmo quando lembramos que ele apoiou Bolsonaro, que é homofóbico, e que Bial foi transfóbico ao entrevistar Ronaldo e tocar no assunto de seu encontro com travestis.

São coisas diferentes. A decisão de Eduardo Leite vai ajudar muitas pessoas a fazerem o básico: dizer ao mundo o que são e, a partir daí, viverem em paz. Ou, pelo menos, em mais paz.

Seria maravilhoso para o Brasil se um jogador de futebol também assumisse sua orientação e, em consequência, a sua vida. Ajudaria muita gente e acabaria com essa cortina de fumaça e esse gueto no futebol.

Existe jornalista gay, engenheiro gay, médico gay, governador gay, jogadora de futebol gay...Só não existe jogador de futebol gay? Impossível. Estatisticamente impossível.

As pessoas têm o direito de ser o que são. E de viver como são. Sair na rua de mãos dadas, beijar na boca, namorar. Não interessa se são duas bocas de homem ou duas mãos de mulheres.

É evidente que um jogador assumidamente gay sofreria com pressões e preconceitos. Não se pode exigir nada. Mas seria um grande passo para um Brasil mais fraterno.

Em 2017, quando Kid Vinil morreu, escrevi sobre a dor de não poder gritar o amor.

Leia, por favor.

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