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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Zico, Adhemar, Pelé e o desrespeito aos ídolos

05/07/2021 11h54Atualizada em 12/07/2021 09h16

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Os fatos parecem desconexos, o que é um grande engano. Estão entrelaçados com o fio da falta de memória nacional.

Zico carrega a tocha olímpica no Japão, 39 anos depois da derrota para a Itália, em Sarriá. A última vez que a Seleção brasileira empolgou o Brasil.

Zico desabafou dizendo que o Brasil não lhe permitiu carregar a tocha aqui, na nossa Olimpíada, em 2016. Zico não foi convidado. Wlamir Marques desistiu, diante da enorme burocracia a enfrentar. Adhemar Ferreira da Silva não foi citado na festa de abertura ou de encerramento.

Falta reconhecimento a nossos ídolos. Se Guga fosse argentino, haveria uma estátua em Buenos Aires. Basta ver como Guillermo Villas é reverenciado.

Pelé é contestado hoje. Os europeus não reconhecem muitos de seus gols. Não valem os amistosos. Amistosos em que enfrentou grandes times... europeus.

A CBF deixa Pelé sozinho nessa luta. Deveria fazer um vídeo, um filme, uma exposição que rodasse o mundo.

Homenagear o maior atleta do século. Levar seu nome às novas gerações. Ou, usando os indecentes argumentos atuais, valorizar seu produto.

Nada disso.

Falta respeito.

Falta amor.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Zico carrega a tocha olímpica 39 anos depois da Tragédia do Sarrià, na Copa de 1982 --não 29 anos. Aquela derrota da seleção brasileira foi para a Itália --não para a Espanha, Os erros foram corrigidos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL