Eu acredito no choro de Neymar

Eu acredito no choro de Neymar. É, tomara que seja, uma evolução do grande jogador como ser humano. E também como atleta.

Para mim, Neymar é (era) uma pessoa que não sabia perder. E nem ganhar. Nas vitórias, muitas vezes tentava humilhar o adversário. É só lembrar da lambreta desnecessária sobre a Costa Rica, no Mundial, após o gol de desafogo.

Ao perder, muitas vezes se comportava mal, com brigas e reações que não combinam com o verdadeiro esporte.

Agora, não! Chorou muito ao perder da Argentina. Uma reação que mostra toda sua frustração após um jogo em que atuou muito bem e em que lutou com muita raça, sem fingimento e encarando quem viesse pela frente.

Neymar mostrou que gosta de futebol e que tem responsabilidade com a camisa que veste e defende.

Depois do choro, caminhou até Messi para um abraço que enaltece o futebol. Nada de briga. Apesar da derrota, foi cumprimentar o amigo que havia, enfim, conseguido a vitória tão ansiada.

O choro e o abraço dignificam Neymar e o futebol. E a resenha, depois, tão criticada? Normal. Quem não gosta de uma resenha? Talvez fosse a maneira de Messi consolá-lo. Não vejo a conversa como prova ou indício de que o choro foi falso.

Neymar, o menino Ney, está, até que enfim, virando homem?

Seria uma grande notícia.