Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Futebol feminino assume o amor e deixa Brasil mais leve, apesar de Bárbara
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Spoiler: o assunto abaixo foi tratado - muito nem tratado - pelos jornalistas Paulo Junior e Leandro Iamin.
De Erica para Formiga, com amor. Mão direita fechada,. O antebraço esquerdo. Um T, de Marta para Toni.
A seleção feminina de futebol espalha o "amor que não pode ser dito" de outras épocas. Sim, é possível uma mulher amar outra mulher, ser feliz com outra mulher, ter família com outra mulher.
A busca pela medalha de ouro - esquiva em 2004 e 2008 - continua, a luta, é dura. A mais importante no campo esportivo, mas o grupo de jogadoras tem outras vitórias para comemorar.
Conseguiram a coisa mais básica e que lhes era negada: um campeonato no próprio país. Isso significa trabalho. Dinheiro. Comida na mesa. Dignidade. Agora, não são apenas as jogadoras de ponta, as da Europa, que podem viver do suor de seu trabalho.
É uma vitória classista. Afeta apenas a elas e às que virão.
A outra, não. Assumir que se ama, assumir quem se ama, influencia toda uma geração, pode mudar a vida de quem é obrigada a viver dentro de um baú sufocante. Armário é pouco.
Não são pioneiras, outras já fizeram o mesmo em esportes como vôlei e handebol, mas o futebol é diferente.
Futebol era o esporte proibido para mulheres. Até na Lei. Era o esporte para sapatões, argumento de pais preocupados e que não teriam nenhum problema e levar a filha para o vôlei ou o balé.
Sim. Esporte de sapatão.
Sim. Somos. E daí?
A mensagem de amor está lá cada.
Vai dar frutos.
Apesar da goleira Bárbara, que travou um duelo cheio de baixaria com uma canoísta paralímpica. Foi chamada de "cheinha" e reagiu de maneira abjeta.
Um ponto fora da curva.
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