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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Menon: O estranho amor de Muricy e Rogério pelo São Paulo

11/12/2021 04h06

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Muricy ama o São Paulo. Trocou o sossego da TV Globo pelo estresse tricolor que o levou à uma nova arritmia.

Rogério só aceitou assumir o São Paulo porque era o São Paulo. Foi uma convocação irrecusável.

Os dois, mesmo amando desesperadamente o São Paulo porque não queriam sujar sua história no clube com um rebaixamento.

Em 2022, não em 2021.

Resolveram ficar depois de uma conversa com a diretoria.

É o amor.

Sério? Amor incomensurável mas ameaçado pelo amor-próprio.

Só ficaram com promessa de reforços.

Mas os dois, Rogério e Muricy vinham repetindo exaustivamente que a situação financeira do clube é gravíssima.

E agora, querem que o clube gaste para que o elenco seja mais qualificado? Só é possível trabalhar no clube que eu amo se eu tiver jogadores que se adaptem ao meu modelo de jogo?

Assim é fácil amar.

Amar sem sacrifício? Amar o ego ou o clube?

Olha, vamos deixar claro. Não estou querendo que amem o clube. Não deve haver amor no esporte. De que adianta amar e levar um pé na bunda?

Mas o elenco do São Paulo, com algumas saídas e outras chegadas é capaz de lutar pelo título paulista (foi campeão com Crespo) pela Sul-americana, pela Copa do Brasil e é capaz de ficar entre os seis primeiros do Brasileiro. Como Fortaleza, Bragantino e outros.

É um trabalho digno, uma prova de amor construir, com pouco, um presente melhor para o clube que amam.

Não está bom para Muricy e Rogério? Para a torcida, está ótimo.

O ego exige mais?

Querem garantia de títulos?

Não vão conseguir nem no Palmeiras, nem no Flamengo e nem no Galo.

E quem disse que esses três têm interesse neles?

Resumindo: quer provar que ama o clube? Comandem um processo de renovação sem muitos custos e montem um time bem melhor que o atual.

Simples.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL