Menon: Palmeiras pode e deve lutar pelo Mundial, que é importante

O Palmeiras deveria - e tenho certeza que o fará - encarar a disputa do Mundial com muita seriedade.

Nada a ver com as piadas dos rivais. Nada a ver com a história do clube: continuará sendo um gigante do futebol brasileiro e mundial. Mundial, sim. Quem tem história tão bonita? Quem tem mais de 10 milhões de torcedores? Quem já vestiu a camisa da seleção brasileira?

Deveria vencer pra desmistificar a tese de que os europeus não ligam para o Mundial. Ah, não? Cristiano Ronaldo e Messi participam por engano? E o choro quando perdem? É falso?

Em 2005, em Yokohama, vi ao vivo, o título do São Paulo. Gerrard e outros jogadores do Liverpool deixaram o campo atrasados. O treinador, na coletiva, ficou buscando explicações. Os torcedores estavam em clima de velório.

Em 2006, a cara dos torcedores e jogadores do Barcelona era de incredibilidade. Nós temos Ronaldinho e eles ganham com Gabiru.

Ah, e vá você dizer à legião corintiana que invadiu o Japão em 2012 que o título não vale nada porque o Chelsea não ligou ou não era o melhor europeu do momento. Era o campeão.

E, se os europeus não ligam tanto, significa que a gente não deva ligar? A diferença financeira é enorme o que apenas torna a conquista ainda mais linda. Um clube brasileiro que chega ao Mundial, é uma reunião de jogadores que 1) Nunca jogarão na Europa + 2) Ainda não jogaram na Europa + 3) Já jogaram na Europa e estão de volta. Não dá para comparar com as seleções transnacionais que enfrentam.

O Mundial é tão importante que o Flamengo, ao perder para o Liverpool, criou, através de seus torcedores, a narrativa de que, naquela derrota, jogou de igual para igual, aí contrário de campeões como São Paulo, Inter e Corinthians.

Imagina se ganhassem.

O Palmeiras tem chances de vencer. De ser campeão mundial. Deve fazer de tudo para conseguir. E comemorar muito.