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OPINIÃO

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Menon: Ronaldo desrespeita a história de Fábio no Cruzeiro

Fábio renova com o Cruzeiro e vai buscar marca de mil jogos pela Raposa - Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Fábio renova com o Cruzeiro e vai buscar marca de mil jogos pela Raposa Imagem: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

05/01/2022 22h20

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Eu sou o dono. Eu faço o que eu quero. O que importa é o que eu penso, o meu dinheiro e não as necessidades do clube.

Assim é o futebol em que os clubes pertencem a uma pessoa. Ela decide. Não precisa de aprovação de diretoria ou de apoio popular.

Business é o busílis da questão.

Foi assim com Fábio no Cruzeiro. O único ídolo da torcida sonhava completar mil jogos pelo clube. Aceitou diminuir o salário. Vai ficar nos 976 jogos.

Ronaldo, o dono, e Paulo André, o executor, não quiseram. "Não me deram outra opção. Paulo André estava na sala ao lado e nem falou comigo", lamentou Fábio.

Administrativamente pode estar correto. Talvez a redução aceita por Fábio ainda fosse insuficiente para o novo Cruzeiro. Não sei os números.

O que sei é que este novo futebol me enoja. O clube é apenas uma empresa. É como se Ronaldo tivesse um posto de gasolina ou um motel.

É lógico que o Cruzeiro foi saqueado por gestões anteriores. Não se pode lamentar o momento atual e não se pode criticar Ronaldo sem lembrar do que foi feito com o Cruzeiro por itair, pires de Sá e outros que não merecem uma letra maiúscula.

Reconheço.

Mas não me impede de lamentar a triste saída de um ídolo. Podem me chamar de ultrapassado, mas futebol sem ídolo e futebol sem respeito ao ídolo é uma coisa sem sentido. Uma tristeza.