Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Menon: E se Neymar Jr fosse apenas Neymar?
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Neymar completa 30 anos e continua usando Neymar Jr na camisa. Não é para se diferenciar do pai, que jogou futebol profissional sem nenhum brilho. A diferenciação, usada por Gio Simeone, por exemplo, é desnecessária em seu caso.
É mais uma homenagem. E longe de ser um ato de libertação ou afirmação. Nada do tipo "eu sou eu e ele é ele". Ao contrário, mostra uma dependência.
Aos 30 anos, Neymar ainda é Júnior. Ainda é filho do papai.
E se fosse diferente?
E se Neymar tivesse personalidade para não aceitar os conselhos paternos para sempre cair?
E se alguém, o pai ou outro, tivesse lhe aconselhado desde o início a não ser um fingidor? A não fazer o que ele fez na Copa da Rússia, tornando-se chacota mundial?
E se Neymar tivesse ficado no Barcelona em vez de ir para o PSG assumir o protagonismo que não lhe coube bem, um terno maior que suas medidas?
Foi bom deixar de ser coadjuvante de Messi para ser de Mbappé? E agora, novamente, de Messi?
E se Neymar, fora de campo, tivesse adquirido empatia com tantos brasileiros que vivem na miséria e o adoram?
E se Neymar conseguisse formar suas próprias posições políticas e não aquelas que interessam aos negócios?
E se tivesse um conselheiro diferente de Ronaldo?
E se alguém tivesse explicado a ele que profissionalismo é algo fundamental? Que não pega bem faltar em inícios de temporada? E que, mesmo sem poder jogar, seu lugar era com os companheiros e não em festas maravilhosas?
O Neymar homem, profissional, respeitoso com os companheiros, sem fingimento e um cidadão consciente seria muito mais importante para a seleção brasileira.
E para o Brasil.
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