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Menon: Rogério Ceni x jogadores: não é uma escolha difícil
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Parece haver uma tendência em dar outro nome a coisas antigas. Em naturalizar atitudes, em buscar desculpas para atos indesculpáveis.
Não só no futebol. Temos tido vários casos de relativização do nazismo: um defende a legalização do partido, o presidente posa com um fantasiado de Hitler, o apresentador se despede com a saudação nazista, o outro comete o paralelismo imbecil de colocar nazismo e comunismo na mesma balança....
No futebol, a nova moda é dizer que o treinador perdeu o vestiário. E por isso, perdeu o cargo.
Mesmo quando Dedé deixa claro que ele, Tiago Neves e Edílson derrubaram Rogério Ceni no Cruzeiro, evita-se a palavra panelinha.
Não foram mais profissionais que derrubaram um treinador. Foi o treinador que não soube conviver com o vestiário.
Como se fosse obrigatório. Como se os jogadores mandassem no clube. Pior, como se fosse normal o jogador mandar no clube e derrubar o técnico.
Rogério Ceni nunca foi uma pessoa fácil. Mas ninguém pode dizer que não tenha sido um profissional exemplar.
É preciso saber aproveitar o que ele tem de bom. Chegou ao Fortaleza e mostrou muita coisa errada. Fez pedidos, foi atendido e o clube melhorou muito.
No São Paulo, precisa ser do mesmo jeito. Desde que não haja desrespeito, jogador devia agradecer as cobranças que recebe. O presente deles não se compara ao passado de Ceni. Não é uma escolha difícil.
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