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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Menon: Palmeiras não precisa de aval da Fifa para se sentir campeão mundial

11/02/2022 11h42Atualizada em 11/02/2022 12h04

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A Fifa reconheceu o Palmeiras como campeão mundial de 1951. E daí? Qual a importância que se deve dar ao aval da Fifa, uma entidade sem moral e que toma hoje uma decisão que pode mudar amanhã?

Quem define se aquele título de 1951 deve ser considerado Mundial é o torcedor. É o sentimento de orgulho e pertencimento que deve prevalecer.

A Copa Rio de 1951 foi um torneio fortíssimo, muito mais forte que os atuais. A edição de 1952 também. Então, que o palmeirense comemore.

Há também um sentimento de viralatismo quando se argumenta que os europeus não dão valor ao título mundial, que os argentinos chamam de Intercontinental...Azar deles. Nós chamamos de Mundial e pronto.

Mundial ou não, Fifa ou não, o Palmeiras deveria ter dado, nos últimos 79 anos, mais valor à conquista da Copa Rio. Assim como ao fato de ter representado a seleção brasileira na inauguração do Mineirão, com a Academia vencendo o Uruguai por 3 x 0 etc. A grandeza do Palmeiras independe do Mundial ser Mundial ou não ser Mundial

Muito torcedor agora vai dizer que é campeão mundial de 1951 mas sem saber a escalação do time. Sem saber se o goleiro titular era Fábio ou Oberdan Cattani.

Muito mais do que respeito e amor aos jogadores daquela conquista incrível, o que vejo —principalmente nos mais jovens— é uma coisa cartorial e pouco emocional.

Algo assim: a Fifa falou e acabou, agora sou mundial. Ora, deveria ser o contrário: eu sou mundial, eu sou feliz com o título, eu sei a escalação e não me importo com o que a Fifa acha ou deixa de achar.

Futebol é paixão.

E paixão não precisa de chancela de cartola.