Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Menon: Pênalti é coisa séria, Abel!
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Valdir foi goleiro campeão gaúcho com o Renner (extinto) em 1954. Caso raro em que o título escapou da dupla Grenal.
Foi também o goleiro da primeira Academia, um dos grandes times da história do Palmeiras, com Djalma Santos, Dudu, Ademir, Ronaldo, Servílio...
Depois, já com sobrenome, Valdir Joaquim de Moraes foi um enorme, talvez o primeiro, preparador de goleiros do Brasil. Treinou Zetti, Veloso, Marcos...
Em tempos sem internet e facilidade para informação, ele viajava para analisar futuros adversários de Palmeiras e São Paulo, onde formou dupla com Tele.
Em decisão por pênaltis, seus goleiros sabiam qual era o estilo do batedor rival. Tudo anotado e revisado.
Hoje, é normal. A informação vem através de tablets ou celular. Há muitos dados
A mesma evolução não existe do outro lado da ponta. Quem é que bate? O técnico pergunta e os jogadores levantam a mão. Não há um planejamento, uma ordem pre estabelecida. Vai quem quer.
Pênalti é difícil. Rivellino, a Patada Atômica, não sabia bater. Pelé não gostava. Luis Fabiano batia mal.
Felipe Melo bate mal. Errou contra o Al Ahly, pelo Palmeiras, no Mundial passado.
E lá vai ele bater pelo Flu, contra o Olímpia. Errou. Bigode não era batedor no Palmeiras. Foi lá e errou.
E os paraguaios do Olímpia, perfeitos. Muito bem batidos.
Além de jogar atrás, tentando garantir a vaga através do resultado do primeiro jogo, o Fluminense não mostrou nenhuma preparação para os penais.
Foi no improviso.
A Libertadores acabou.
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