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Menon: A triste solidão de Paulo Sousa indica um grupo que não irá longe
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Matheusinho, no final do jogo, fez o 2 x 0 do alívio, mas não o da satisfação. O Flamengo confirmava três pontos contra o Sporting Cristal e ganhava também um pouco de sossego até a estreia no Brasileirão e a segunda rodada da Libertadores.
Há algo errado no clube. A comemoração de Paulo Sousa no segundo gol foi uma mistura. Braços para o alto, virou-se de costas para o campo, de frente para o banco e não foi vítima daquela avalanche comemorativa de tantos gols.
Ninguém pulou, ninguém o abraçou, não recebeu um aperto de mão. Estava mais só que uma noiva abandonada no altar.
A imagem faz lembrar e reciclar insinuações de que existe trabalho orquestrado para derrubar o técnico. Existiria uma panelinha. Ou mais de uma.
Não sei se tem. Uma acusação assim é muito grave, precisa ser bem fundamentada. Mas na cabeça de ex-jogadores que viraram misto de comentaristas e comediantes, desde o início as exigências de Paulo Sousa - tecnologia e alimentação balanceada - colocariam sua cabeça em jogo.
Haja ou não haja panelinha, a verdade é que a solidão de Paulo Sousa mostra um grupo que não caminha junto. Um grupo que não tem o mesmo objetivo.
E, se um grupo esportivo não caminha junto, não chega a lugar algum.
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