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OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Menon: Vitor Pereira dificilmente chega até maio no Corinthians

07/04/2022 13h15Atualizada em 07/04/2022 13h28

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O título do post não é um desejo meu, embora deixe claro que não sou um seguidor da linha moderna do futebol, que entende e defende a necessidade de se dar tempo a treinador.

Não tenho desejo que saia ou fique. Apenas, pensando na prática corrente no futebol brasileiro e no que vem em abril, acho difícil ficar.

Ah, e tenho noção da minha importância: o que eu acho ou deixo de achar não interessa. Não tenho e nem quero ter força para derrubar ou manter.

Em abril, pela Libertadores, o Corinthians recebe o Deportivo Cali, que venceu o Boca na estreia. Um resultado ruim porque coloca os colombianos na briga por uma das vagas. Dia 13.

No dia 26, recebe o Boca, o adversário mais temido no grupo. Só que, dias antes, 23 de abril, visita o Palmeiras pelo Brasileirão.

O ideal seria o Corinthians ter foco total nestes três jogos. Os outros do mês não me parecem tão difíceis: Botafogo (f), Avaí (c) e Portuguesa-RJ (fora).

Só que há um problema. Enorme problema, típico de time de massa: a crise chegou.

O time foi ridículo contra o Always Ready, em La Paz.

A torcida organizada mandou avisar: ou joga por amor ou joga por terror. Cita jogadores descompromissados e "autoriza" o treinador a colocá-los no banco.

O repórter Rodrigo Vessoni, sempre bem informado, diz que os jogadores não estão se adaptando aos métodos de treinamento: querem uma carga menor e com menos treinos pela manhã. Não culpo os jogadores. É questão de opinião, talvez a carga seja exagerada mesmo.

Vitor Pereira não abre mão de seu estilo de ter a iniciativa do jogo e mantém Du Queiroz como volante.

Faltam força física e velocidade ao time. São muito veteranos.

O clube levou calote da empresa que pagaria salários de Paulinho.

É um caldo de cultura muito forte.

Vitor Pereira só sobreviverá se vencer Deportivo Cali, Boca e Palmeiras. Ou se vencer o Palmeiras, Botafogo, Avaí e Portuguesa-RJ. Ou Deportivo e Boca.

Do jeito que está, é difícil.