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Adeus, Rincón, o volante de pedra
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Eu queria escrever sobre Rincón, o melhor volante que conheci nos meus tempos de setorista. Nível de Toninho Cerezo. Um homem fortíssimo, que abria os braços e parecia um polvo. Um sujeito engraçado. E bravo. Mas, prefiro deixar com vocês o texto do gênio uruguaio Eduardo Galeano. Ele descreve o gol de Rincón contra os alemães na Copa de 90.
GOL DE RINCÓN
"A Colômbia estava jogando melhor que a Alemanha, mas perdia por 1 a 0 e já estavam no último minuto. A bola chegou ao centro do campo. Ela procurava uma coroa de cabeleira eletrizada: Valderrama recebeu a bola de costas, girou, soltou-se de três alemães que o chateavam e passou-a a Rincón, e Rincón a Valderrama, Valderrama a Rincón, sua e minha, minha e sua, tocando e tocando, até que Rincón deu alguns passos de girafa e ficou sozinho na frente de Illgner, goleiro alemão. Illgner fechava o gol. Então Rincón não bateu na bola: acariciou-a. E ela deslizou, suavezinha, pelo meio das pernas do goleiro. E foi gol"
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